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E se a comida de verdade não existisse no seu bairro?

E se a comida de verdade não existisse no seu bairro?

por Helena Jacob

Quando pensamos em comer de modo saudável, logo vêm à nossa mente aquela tradicional recomendação de se comer de 3 a 4 porções de frutas e de vegetais todos os dias. É normal que façamos a associação do saudável com alimentos frescos, especialmente os vegetais. Mas imagine-se morando em um local onde o acesso a esse tipo de produto simplesmente não existe. Como ter uma alimentação adequada e variada?

 

Este lugar existe e tem nome: são os desertos alimentares. O termo se refere, nos estudos de nutrição, a locais onde a comida fresca e de qualidade inexiste ou é escassa. Podem ser locais afastados, muito urbanizados e sem área verde em volta, assim como regiões secas e com dificuldades de acesso, como alto de morros, por exemplo.

 

Ainda segundo definição da Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Social, desertos alimentares são lugares com difícil acesso a alimentos nutritivos ? seja por motivos de renda, falta de informação ou distância dos locais que ofereçam alimentos “in natura” ou minimamente processados.

 

O que acontece é que os moradores destes locais não conseguem comer a nossa querida comida de verdade (e só voltar aqui ao primeiro texto do Prato Feito na rede Bellatrix  para entender o que é essa comida) simplesmente porque ela não está disponível.

 

Não há quitandas, hortifrutis ou feiras; seção de verduras, legumes e frutas são escassas nos supermercados e raramente há vendedores ambulantes com esses produtos. Assim, resta a essa população comer produtos industrializados somente, o que as deixa mais expostas a muitos perigos de saúde, além de estimular péssimos hábitos alimentares.

 

Aposto que você já entrou naquele mercadinho de alguma cidade de praia do Brasil e, esperando encontrar frutas lindas e frescas, encontrou apenas doces, biscoitos e pães. Comigo já aconteceu tantas vezes que não me surpreendo mais. Pra mim aquilo vira, em geral, alguns dias de comida não tão boa à mesa, mas sempre me acabo de pensar o que é a vida da população local na rotina.

 

A existência destes ambientes mostra uma profunda desigualdade econômica, além da falta de políticas públicas que garantam o acesso de todos a alimentos de verdade – lembrando que o direito à alimentação faz parte da Declaração de Direitos Humanos da ONU. Afinal, em grandes centros temos acesso a todo tipo de alimento, dos piores aos melhores, mas a lógica de distribuição do varejo não faz o mesmo com locais afastados e menos favorecidos economicamente, justamente as populações que mais precisam desse tipo de alimentação.

 

Sobre o direito à alimentação, uma frase do grande Josué de Castro, médico, professor, geógrafo, sociólogo e político, autor do clássico Geografia da Fome explica o que é ter direito à comida no prato:

 

“O acesso à alimentação é um direito humano em si mesmo, na medida em que a alimentação constitui-se no próprio direito à vida. Negar este direito é, antes de mais nada, negar a primeira condição para a cidadania, que é a própria vida.”

Para entender melhor o tema, recomendo a leitura da ótima reportagem do UOL TAB “Desertos Alimentares – Comida saudável mesmo é comida de verdade. Mas quem tem acesso a ela?” (https://tab.uol.com.br/deserto-comida/) além da iniciativa do grupo Oásis, formado por 17 alunos dos cursos de Administração Pública e de Empresas da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas), que se converteu no site www.desertosalimentares.com.br. Nele, uma sensibilização inicial te coloca na questão e faz refletir profundamente sobre nossa relação com a comida, especialmente nos ambientes urbanos. Confira lá e fique atento ao direito que todo ser humano tem de comer o que é melhor.

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Helena Jacob

Contato:

Helena Jacob
Apaixonada por cozinha desde criança, fiz o meu primeiro bolo completamente sozinha aos 9 anos. Desde então a paixão virou coleção de livros e revistas e dois títulos acadêmicos: mestrado e doutorado, cujos temas unem duas paixões: alimentação e comunicação. Depois vieram as palestras, eventos e, num futuro próximo, nascerá um livro.

Sou jornalista e passei por diversos jornais e revistas, mas só atuei com gastronomia diretamente em apenas um deles, o jornal Destak, onde tive uma coluna nessa área. No entanto, não faltam “frilas” e textos no meu currículo sobre esse tema tão apaixonante.

Hoje sou também professora universitária e me realizo orientando trabalhos incríveis sobre alimentação, gastronomia e culinária, com alunos maravilhosos e sempre ávidos a discutir essa fonte inesgotável de discussão que nos move diariamente. Acredito que o tema alimentação deve estar presente em todo tipo de debate sobre questões políticas, econômicas e sociais, pois comer é um ato político e sagrado, que conecta nosso corpo à natureza. Precisamos nos divertir ao comer, mas temos que ter consciência sobre todos os aspectos que a comida traz à nossa vida - e é justamente essa a proposta para discutirmos aqui.

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