Tudo sempre depende de todo o mapa
por Titi Vidal
Virou um mantra. Tudo sempre depende de todo o mapa. Se a Astrologia sempre esteve sujeita ao generalismo e ao estereotipo conferido pela leitura recordada que signos e horóscopos impõem, nessa era do conhecimento express, em que as pessoas “aprendem” via Google, isso ficou ainda pior. Definir sua agressividade ou insegurança ou vitórias por um único planeta, casa ou aspecto do mapa virou moda.
O desejo de uma consulta express baseada apenas em signo e ascendente virou coisa corriqueira. A todo instante, uma pergunta ou, ainda pior, afirmação, sobre alguma característica baseada em um único ponto. Como um diagnostico fatal baseado em um único sintoma, definir pessoas e relações nunca foi tão simplificado. E isso vale também para os aspectos do momento.
Justificativas de crises agressivas só porque aquele dia a Lua estava em Aries, o fim do relacionamento porque naquele dia houve um eclipse e assim por diante. Não que eles não tenham a ver, mas nada, absolutamente nada, sozinho, em Astrologia, tem esse poder.
Quando a Lua ou Marte ou um eclipse culminam em algo sério assim, certamente outras coisas já vinham apontando nessa direção. Eles apenas potencializam, disparam, ou simplesmente consumam aquilo que já havia prometido. Mais do que isso, o tempo todo diversos ciclos nos afetam e vão seguindo um curso que, se tivermos a coragem de olhar para o passado, veremos que aquilo já estava sendo desenhado há algum tempo.
Astrologia não traz produz acontecimentos “ do nada”. E nada funciona de forma isolada. Por isso também não e possível diagnosticar os efeitos de um retorno de saturno numa conversa de bar. Um aspecto pelo qual todo mundo passa, mas a depender não apenas do momento geral – todos trânsitos, progressões etc – mas principalmente do mapa natal de cada um, isso sera vivido de uma ou outra maneira, e talvez apenas em areas especificas de acordo com aquele mapa. E isso vale para tudo.
Não podemos combinar dois signos e simplesmente afirmar que são ou não compativeis. São dois mapas que precisam ser conjuntamente analisados. E por ai vai.
A importância da analise completa de um mapa, de um momento, das previsões astrológicas. A importância, acima de tudo, de um profissional, astrólogo ou astróloga, que faz esse trabalho de estudar e interpretar de forma profunda e completa um mapa astrológico e, apenas com tudo isso presente, poderá falar sobre uma personalidade, uma possibilidade ou uma previsão astrológica.
Por isso, consulte sempre um profissional, e sempre consciente de que generalidades não são astrologia, que esta longe de ser um simples estereotipo.
Alias, Astrologia não se resume a signos e as combinações existentes em um mapa astral e determinado momento astrológico são infinitas, para não dizer únicas, já que não existem dois mapas iguais nesse mundo.