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Sobre Ser(Me Sentir) Uma Boa Mãe

Sobre Ser(Me Sentir) Uma Boa Mãe

por Tamara Laiter

Outro dia vi um pai andando de mãos dadas com sua filha, que deveria ter por volta de 6 ou 7 anos, mesma idade da Maitê. Coisa bem comum, né? Mas na hora senti um abalo.

Eu estou sempre exigindo muito dela. Sempre. Desde muito pequena. Quando andamos juntas eu geralmente insisto que seja sem as mãos dadas, incentivando a prestar atenção e ser mais autônoma. Ela tem dificuldade motora, é desatenta, cai com certa frequência. Eu estou sempre dizendo “anda direito, organiza aí!”. 

Lembrei de dois adultos com deficiência que vi falando de suas mães, com humor e amor, diziam que elas haviam sido exigentes, algumas vezes até demais. Entre o capacitismo e o afeto, que já reconheci em mim, sobreviveram e cresceram fortes. 

Já perdi bastante a paciência com ela e isso dói, fundo.  Hoje procuro estar com os sentidos sensíveis para não cometer os mesmos erros. Porém, fato é, sou do tipo de mãe exigente. Vou sempre acreditar que ela pode fazer um pouco melhor. Mas nunca deixarei de celebrar todas as micro, médias e grandes conquistas. 

Voltando para o pai de mãos dadas com a filha, quando vi aquela cena, depois do abalo, refleti e conclui: 

“Da um desconto Tamara, deixa a Maitê andar de mãos dadas também!”

Sobre sonhos e expectativas

Existem medidas que são difíceis de enxergar. O que é muito? O que é pouco? O que é bom? Depende de tanta coisa.

Expectativas altas demais geralmente vêm acompanhadas de alguma queda, muitas vezes grande.  Porém, a vida e as pessoas também surpreendem. Daí fica a pergunta: o que é projeção de expectativas pessoais no outro e o que é acreditar no seu potencial? 

Então é preciso abrir mão das ilusões e acreditar no caminho que essa outra pessoa vai traçar na sua vida, sendo tão perfeita e imperfeita em si mesma. E isso começa a se impor com a idade, quanto mais as crianças crescem, mais mostram quem são.

Quando queremos que um filho faça algo a todo custo, para suprir uma expectativa pessoal, o que impera é a incapacidade de ver quem ele é de verdade. Eu já estive nesse lugar.

No caso das crianças com deficiência, lidamos o tempo todo com a relação entre a necessidade de proporcionarmos estipulação e tratamentos ao mesmo tempo que devemos aprender a enxergar e aceitar a diversidade humana. O mundo não está preparado para isso. E pra falar a verdade, nem eu. Mas é preciso ter coragem para continuar aprendendo, diariamente.

Sobre persistência

 No caminho das expectativas e desenvolvimento de potencialidades, também já me encontrei jogando pelo puro prazer de jogar. 

Estou cada vez mais convencida de que esse é o caminho e a Maitê me ensina isso todos os dias. Sobre estar plena no mundo, contente com as pequenas coisas da vida, sem a preocupação de ganhar ou perder, sem crises morais, porém, persistente. 

Assim, com persistência, depois de muitos meses tentando, lidando com o próprio medo e prazer, ela agora consegue dar algumas pedaladas em sua bicicleta, sem ajuda. E uma festa acontece no meu peito cada vez que vejo essa cena. 

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Tamara Laiter

Contato:

Tamara Laiter
Sou Tamara Laiter , psicóloga com formação em pedagogia e ensino de língua inglesa para crianças. Desde o nascimento da minha filha Maitê, 7 anos, que que tem uma síndrome rara chamada Kleefstra, tenho me envolvido na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Conto minha experiência como mãe atípica, inclusão e neurodiversidade no blog A Jornada da Passarinha (insta @ajornadadapassarinha). Saiba mais sobre este Colunista.

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  • Tags: autismo crianças atípicas neurodiversidade maternidade atípica deficiencia intelectual capacitismo Síndrome de Kleefstra

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