Parabéns, campeão
por Augusto Moya
E se?
E se você pudesse voltar no tempo e mudar algumas decisões importantes na sua vida?
Por exemplo, se você tivesse respondido aquela mensagem?
Se você tivesse aceitado o desafio?
Ou se você tivesse falado a sua verdadeira opinião?
O que teria acontecido?
Onde estaria você agora?
Recentemente, estive envolvido em duas concorrências.
Projetos importantes.
Muitas pessoas envolvidas.
Reuniões diárias.
Decisões tomadas depois de muita ponderação.
O resultado?
Conquistamos uma e perdemos outra.
O pensamento obviamente surgiu.
E se tivesse feito algo diferente?
Ganharíamos as duas?
Ou perderíamos ambas?
Escolher, por definição, é se limitar.
Tomar decisões é como mostrar o indicador: para cada dedo que aponta, quatro outros estão indicando caminhos alternativos.
Porque sofremos tanto pelas erradas?
Deve ser só uma estranha coincidência, mas tenho cruzado cada vez mais com histórias de gente perfeita.
Colecionadores de vitórias épicas.
Derrotas são apenas vitórias mal compreendidas.
Talvez isso seja consequência de nossas vidas expostas.
Parafraseando Fernando Pessoa, “curioso, meus adversários são campeões em tudo.”
Amadurecer não é tomar decisões certas sempre.
Amadurecer é saber lidar com elas.
Ter maturidade em aceitar suas derrotas.
Grandes derrotas rendem boas histórias no final, não?
Dan Wieden, fundador de uma das agências mais criativas do mundo, disse uma vez que só é bom de verdade quem cometeu pelo menos três grandes erros.
Ironicamente, a empresa foi fundada no dia dos bobos.
(Quer escolha mais errada que essa?)
E não por acaso, a filosofia da mesma é “bem vindo ao otimismo.”
Já tomei algumas decisões bem acertadas.
Já errei em cheio também.
Estilo 1 a 7.
Bola pra frente, que o mundo continua girando.
Se ficar parado, o bicho come.
É preciso acreditar fielmente que estamos fazendo nosso melhor.
Mesmo que rapidamente se prove o contrário.
Seria o nome disso fé?