Os medicamentos potencializados da Homeopatia
por Walter Swain Canôas
A Homeopatia se constitui numa medicina completa, pois tem como pilar central uma lei natural – a Lei dos Semelhantes – e fundamenta-se num princípio filosófico chamado Vitalismo. Esta visão da patologia agrega como princípios a individualização do paciente e seu caso de doença, a experimentação no homem são e o uso de medicamento único potencializado.
A medicina homeopática ser um todo de conhecimento coerente com bases patológicas e filosóficas já é capaz de trazer polêmicas frente aos modismos e imediatismo da nossa época, mas o medicamento potencializado desafia até os conhecimentos da farmacologia e necessita de um olhar científico atual e profundo para ser compreendido além do conhecimento empírico adquirido nestes séculos de prática da Homeopatia.
A farmácia homeopática transforma em medicamentos homeopáticos os princípios vindos do reino vegetal, mineral e animal, através de uma técnica especial chamada DINAMIZAÇÃO.
Esta técnica foi criada pelo Dr. Hahnemann pela primeira vez na história da humanidade, para que se libere o poder medicamentoso curativo, não material das substâncias e assim afastar as reações tóxicas, não desejáveis ou perigosas. Este princípio medicamentoso curativo é capaz de agir na energia vital alterada.
É que sempre que um medicamento é introduzido no organismo ele vai produzir dois tipos de reação: as toxicológicas, onde sua parte material alterará substancialmente a matéria orgânica, produzindo reações alteradas do organismo (alergia) e até mesmo destruindo suas células; e reações vitais, onde a parte imaterial do medicamento, seu poder curativo, agirá na energia vital, produzindo alterações mais ou menos profundas e duráveis ou não. Tudo isto já havia sido previsto pelo Dr. Paracelsus no limiar do século XVI.
A técnica desenvolvida por Hahnemann é simples: são feitas sucessivas diluições seguidas de agitações chamadas sucussões, que são as assim chamadas dinamizações homeopáticas.
Estas dinamizações seriadas e sucessivas permitem a liberação do que chamamos de informação homeopática, ou seja, retira progressivamente do medicamento sua parte material capaz de levar a reações alérgicas a nível orgânico da matéria e fixa no solvente apropriado seu poder curativo imaterial, energético, de caráter vibratório, de tal forma que o solvente estará marcado fortemente pela “mensagem” do medicamento por anos, sem que ela se perca ou diminua seu poder de impressionar o organismo.
Isto torna o medicamento capaz de estimular a energia vital quando o indivíduo está doente permitindo que está se reorganize. O medicamento prescrito pelo clínico é administrado em doses muito diluídas chamadas doses infinitesimais.
Segundo observou o Dr. Galvão Nogueira, a química e a microbiologia atuais usam um processo farmacêutico semelhante ao das diluições e dinamizações sucessivas para o preparo de seus produtos atenuados, quando faz sucessivas passagens em meios de cultura, em animais ou em solventes apropriados, seguidos a cada passo de centrifugações, numa seriação obrigatória.
Quase numa “homeopatização” da técnica alopática, para se atenuar soros e vacinas diversas, adequando ao seu uso em humanos. Quando corretamente empregado segundo aos princípios da medicina Homeopática, estes medicamentos em doses infinitesimais tem a informação medicamentosa suficiente e capaz para reequilibrar a energia vital e restabelecer a saúde.
Devido a dinamização diminuir eventuais efeitos tóxicos ou agressivos da substância original e aumentar seu potencial curativo, a homeopatia se utiliza de substâncias ditas heroicas ou tóxicas, sem causar mal aos pacientes.
Após o sucesso das experiências feitas pelo cientista francês Poitevin com experimentos biológicos usando as doses infinitesimais, e a teoria científica da memória da água, novas fronteiras foram abertas para se conhecer o mecanismo de ação dos medicamentos homeopáticos através da físico-química modernas, porém a ação intima requer maior análise por parte dos estudos farmacológicos, levando em conta recursos atuais de nanotecnologia e física vibracional.
Tudo este esforço por um modelo teórico não deve por em cheque o uso da boa homeopatia conforme vem se confirmando ano a ano, em cada caso curado ou aliviado por esta arte médica.