Não pense demais: faça!
por Ju De Mari
Você está lidando com as demandas da realidade ou está se preparando pra viver uma vida imaginada, lá onde você vai ter mais tempo, mais conhecimentos, mais vontade e sei lá mais o que você acha que precisa pra começar a fazer a parte que você já pode? Você sempre pode escolher lidar com as coisas depois, claro. Pode fazer a cama depois e ficar com essa pendência na cabeça e sem a alegria que é descansar de um dia cheio numa cama quentinha e bem esticadinha. Pode pagar as contas depois e ficar numa função burocracia chatíssima durante aquela hora em que você queria mais era ler, tomar um vinho ou bater um papo com uma amiga.
A escolha de como lidar com as coisas que você sabe que precisa fazer é sua. Mas eu duvido que o seu “eu do dia seguinte” vá agir de forma mais animada e disciplinada só porque o dia é outro. Se você continua se dando permissão pra não fazer o que sabe que precisa, na hora em que toma consciência disso, você está fortalecendo o hábito de procrastinar, de se enrolar, de não realizar. Está, portanto, perdendo foco, potência e energia – não está ganhando tempo nem está organizando prioridades.
Você não está fazendo o que precisa porque acha que depois vai agir como uma pessoa diferente de quem é agora. Só que a mudança de atitude não acontece porque a gente quer e já pensou bastante a respeito de como deveria fazer isso e aquilo. Ela acontece quando a gente simplesmente faz o que tem que ser feito, sem pensar demais, sem elaborar demais. Mudança de atitude acontece quando a gente se mobiliza e se mexe. Aí, há mudança possível. Aí, há a criação de novos hábitos. Porque a maior parte das coisas na vida não acontece (nem se resolve) por acaso, sem que a gente precise participar – acontece por causa de uma escolha que a gente faz.
Se você quer se sentir mais capaz, mais íntegra, mais feliz (e mais leve), escolha se engajar com a sua vida. A única coisa real que pode impedir você de movimentar o que quer pro seu futuro é a sua falta de ação hoje. Pense nas situações em que já disse a si mesma coisas como “isso pode esperar”, “não estou pronta”, “vou fazer isso amanhã”. Da próxima vez que essa voz sabotadora aparecer, não dê ouvidos: experimente agir e sinta a mudança ser você.