LUA CHEIA EM ESCORPIÃO
por Bruna Barella Fernandes
INTENSA E PROFUNDA
A Lua Cheia em Escorpião, que ocorre no dia 12 de maio, ilumina o que está escondido: emoções represadas, desejos silenciados, memórias profundas. É como se a luz da Lua revelasse as camadas internas que, por vezes, evitamos tocar. Esse é um momento de mergulho, não superficial, mas transformador.
Com Sol e Lua em tensão com Urano, somos empurrados para fora da zona de conforto. E, por mais que busquemos estabilidade, algo acontece, ou deixa de acontecer, para sermos forçados a fazer diferente. Urano representa o imprevisível, e sua ação muitas vezes se impõe sem aviso, nos lembrando que o controle que achamos ter sobre a vida é, em partes, uma ilusão. Nem tudo está sob nossa direção. E às vezes, é justamente o que escapa das nossas mãos que nos conduz ao novo.
Existe, porém, um paradoxo no ar: enquanto Urano clama por movimento, Touro, pede enraizamento, cautela, permanência. Essa tensão entre avançar e permanecer pode gerar ansiedade, mas também nos ensina que é possível mudar com sabedoria. É preciso sentir a hora certa, planejar o que for possível e acolher o que não está no planejamento, surpresas e reviravoltas podem acontecer,
A fase cheia intensifica a percepção e amplifica as emoções. Tudo parece mais vívido, mais urgente. Mercúrio, recém-chegado a Touro, em tensão com Plutão, também nos leva a repensar ideias, rever palavras ditas (ou caladas) e lidar com conversas que têm peso e profundidade. O que parecia esquecido pode voltar à tona, nos pedindo maturidade emocional para ressignificar.
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Esse é um momento fértil para perceber o que precisa ser curado, regenerado ou deixado para trás. O que já não nos serve, o que nos prende ao passado ou nos impede de crescer, precisa ser solto, ainda que doa. E aqui está o ponto crucial: nem toda dor é sinal de fim. Às vezes, é o início de algo que ainda não conseguimos nomear, mas que já está nascendo.
Escorpião fala da morte simbólica e do renascimento. E isso inclui deixar ir versões antigas de nós mesmos, romper padrões e dar espaço para o que pulsa com mais verdade. É tempo de escutar a alma, cuidar da matéria com consciência, e sobretudo, entender que permanecer no desconforto por medo do novo pode ser mais prejudicial do que se abrir para as mudanças que nos assustam, mas nos libertam.
A vida nos transforma, mesmo quando resistimos. Que essa Lua Cheia nos ajude a confiar nesse processo.
*Texto: Titi Vidal com colaboração de Mariana Bassan e Bruna Barella
Bruna Barella Fernandes
