Liberté, Égalité, Fraternité e Desculpa aê.
por Augusto Moya
Eu gosto de Game of Thrones.
Intrigas, sangue e dragões.
Minha esposa odeia.
Ela é fã de This Is Us.
Família, relacionamentos e dramas do cotidiano.
Não consigo assistir um episódio inteiro.
Na última eleição, votamos em candidatos diferentes.
Conversamos bastante.
Em alguns momentos, discutimos.
É, temos nossas diferenças.
Acho bom ter opiniões distintas.
Na minha opinião, isso nos torna um casal mais interessante.
A questão é que, hoje em dia, ter opinião é como ter uma arma (péssima comparação, eu sei).
Ou você usa para atacar.
Ou para se defender.
“Não concordo com você, logo você está errado.”
Tem gente que pensa como eu penso?
Tem.
Tem gente que não?
Ô, se tem.
Ainda assim, prefiro ter minhas opiniões.
Expressar o que penso.
Mas não esquecer que do outro lado também tem alguém com os mesmos direitos.
Suas opiniões vão abrir portas.
E, infelizmente, fechar outras.
Concorde você ou não.
Não conheço ninguém que atingiu seus objetivos tentando agradar todo mundo.
Vale para uma pessoa, uma empresa ou um país.
Enquanto escrevia, percebi que no quarto da minha filha tem um quadro com a seguinte frase:
“As palavras são feitas de tempo.”
Nem sempre a gente percebe o impacto do que dizemos.
Daí para chatear alguém é um pulo.
Que atire a primeira pedra quem nunca.
Meu mais sincero pedido de desculpas se já magoei você.
Tenha sido na forma ou no conteúdo.
Ninguém é perfeito.
Eu, muito longe disso.
Talvez você tivesse razão.
Talvez não.