Júpiter em Câncer
por Titi Vidal
A importância de conhecer a história passada para viver o futuro
Júpiter ingressa no signo de Câncer dia 9 de junho de 2025, onde ficará até 20 de junho de 2026.
Durante um ano, Júpiter vai expandir os assuntos ligados ao signo de Câncer e isso tem fortes influências em nossas vidas individuais e coletivas.
Em Astrologia mundial, Júpiter rege assuntos como economia e tudo que diz respeito às finanças, incluindo bancos, crédito e instituições financeiras em geral. Isso também inclui os riscos de inflação. Fala sobre crescimento, clima de otimismo, emprego e o que está mais abundante em um determinado momento. Fala sobre os mercados emergentes e em expansão, novos produtos e serviços e o mercado consumidor.
Já o signo de Câncer rege assuntos como família, nacionalismo, saudosismo e coisas do passado. Fala sobre História e a busca pelo passado. Sobre conservação e tudo que é de uma determinada cultura, incluindo suas festas populares e comidas típicas. Monumentos e outras referências de determinados lugares, museus e tudo que remete à História. Folclore e tradição de um povo. Os museus. A busca pelas raízes. É um signo com tendência mais conservadora e que inclui a preservação de tradições.
Júpiter em Câncer pode amplificar um lado mais conservador, que remete à importância da família e das tradições em geral. Pode instigar a necessidade de trazer de volta do passado certas coisas antigas.
Podemos ver o retorno de pessoas antigas no poder, o relançamento de produtos antigos e muito assunto do passado vindo à tona. Pode haver um boom de busca por saber mais sobre a própria ancestralidade. Podemos ver lançamento de biografias de pessoas famosas e outros conteúdos que remetam à histórias de vida ou de determinadas sociedades. Muito papo do passado vindo com força total.
Aprofundando um pouco mais nisso, podemos ver o lar e a família sendo mais valorizados, em um resgate a um senso de conservadorismo geral. Muito será falado sobre o bem estar da casa e da família e a importância da vida doméstica.
Por sinal, produtos e serviços destinados aos cuidados com a casa podem ficar destacados. Bem como o próprio mercado de venda, compra e aluguel de imóveis. Tente a haver uma busca maior por ter uma casa aconchegante. Políticas ligadas à habitação podem surgir com mais força, bem como aquelas que de alguma maneira sejam voltadas à família e à infância.
Há uma tendência a um maior nacionalismo e foco nas raízes culturais. O patriotismo, as heranças culturais, o que, por um lado pode trazer muita história à tona, por outro pode enfatizar uma política mais conservadora e apegada às tradições. Infelizmente esse tipo de aspecto pode aumentar questões como xenofobia e outros preconceitos à tudo que é de fora, que não faz parte de determinada cultura.
Temas ligados ao patrimônio cultural, aos museus e monumentos, genealogia, preservação, arqueologia e outras coisas que remetam ao passado e/ou à história estão em pauta.
Podemos ter um foco na economia doméstica ou de pequenos produtores, em um crescente de sua importância na sociedade. A tendência são políticas de fortalecimento de economias locais e um provável aquecimento do mercado imobiliário, como já pontuado acima.
Alimentação, agricultura e indústrias ligadas às necessidades básicas também ficam evidenciadas.
Mas não podemos descartar medidas econômicas mais conservadoras e protecionistas, com riscos de inflação nos produtos de necessidade básica e mercado imobiliário, apesar do aumento na oferta.
O clima geral tende a ser de mais sensibilidade emocional e, coletivamente, pode haver um maior saudosismo ou assuntos de mais comoção pública.
Os assuntos ligados a refugiados, migração e questões humanitárias em geral ficam mais em pauta, além de tudo que estiver ligado à crianças e idosos.
O clima mais nostálgico e saudosista pode nos levar a rever o passado, coletiva e individualmente, com um possível resgate de memórias coletivas.
Há uma tendência de aumento pelo interesse por museus, antiguidades e coisas antigas em geral.
Pedidos de nacionalidade em diversos países podem crescer e esse tema pode dar muito o que falar.
A história de cada um (Júpiter em Câncer na vida individual)
Do ponto de vista mais individual, cada um tende a estar lidando com a própria história de vida, revendo erros e acertos, conquistas e desafios, experiências que foram nos moldando ao longo da vida. Tendemos a refletir sobre as histórias e relações familiares e nossa relação com pais, filhos e parentes em geral. Podemos ter mais interesse sobre nossa ancestralidade e origens familiares.
Podem aumentar os casamentos e nascimentos (com a ressalva de que temos aspectos importantes na direção contrária, como Plutão em Aquário e Urano em Gêmeos).
Tende a haver uma busca geral por mais segurança e estabilidade, pela casa própria, pelas relações seguras e pelos empregos mais estáveis.
Quem tem Sol, Lua, Ascendente e/ou planetas em Câncer tende a sentir com mais intensidade suas influências, com a tendência de uma expansão desses assuntos (tudo que cada um deles rege no seu mapa). Isso pode indicar sorte e crescimento para esses assuntos, além de oportunidades gerais. No entanto, Júpiter sempre traz um risco de excessos e exageros e isso pode acontecer especificamente nos assuntos que esses planetas e ângulos regem no mapa de cada um.
Ao transitar por Câncer, o que temos em Capricórnio, Áries e Libra também, com expansão, mas também risco de negligência e exageros. Os signos de Escorpião e Peixes são especialmente favorecidos, assim como Touro e Virgem.
A casa por onde Júpiter está transitando também se expande. Podemos ter grandes oportunidades por ali, apesar do risco de expansão do que eventualmente não esteja bem por ali. Mas, os assuntos desafiadores também sempre podem se resolver com a passagem de Júpiter.
Claro que para saber com detalhes, saber como driblar os desafios e aproveitar melhor as oportunidades, o ideal é fazer uma consulta astrológica e saber profundamente sobre cada aspecto que Júpiter faz no mapa neste momento (e durante este período, até junho de 2026).
Agende sua consulta pelo email [email protected].
De qualquer forma, Júpiter, apesar de seus excessos e exageros, costuma ser predominante benéfico em nossas vidas pessoais. O risco maior é a nossa negligência. Ou nosso exagero. Ou nosso excesso de (auto) confiança. É largar mão. Deixar rolar sem limites. Exagerar na dose.
Por isso, o mais importante, agora, é prestar atenção aos aspectos que Júpiter faz em nossas vidas e aproveitar como oportunidade, colocando energia sem exagerar, expandindo de forma mais consciente e positiva.
Enquanto isso, coletivamente, é estarmos atentos ao que está acontecendo no contexto geral, sempre conscientes de estarmos fazendo nossa parte para ativar ou impedir certos contextos.
Além disso, essa é a nossa grande chance de olhar para o passado e entender o que aconteceu antes nessa área da vida, nesses assuntos, para saber porque chegamos onde estamos. Conhecer o passado é se preparar para o futuro, resgatando as boas experiências e aprendendo com erros antigos para mudar o que for preciso.
Conhecer o passado para (re)construir o futuro
E isso vale não apenas para o contexto individual, para também para o coletivo. Conhecer o passado é importante para saber de onde viemos e respeitar muito do que aconteceu e veio antes. É também conhecer para não repetir. É ter consciência de para onde certos caminhos podem nos levar.
Esse é um momento histórico importante, já que muitos aspectos relevantes estão acontecendo ao mesmo tempo. Outros planetas de trânsito lento estão mudando de signo e muita coisa está em mudança no mundo.
Plutão já está em Aquário, Saturno e Netuno estão em Áries. Urano está prestes a chegar em Gêmeos. São movimentos que trazem o novo, grandes mudanças para todos nós. Júpiter em Câncer, neste contexto, pode aumentar o saudosismo, a resistência às inevitáveis mudanças.
Se por um lado pode nos lembrar, por exemplo, da importância dos momentos offline em tempos de tantas conexões e aceleramento, por outro pode trazer uma onda excessivamente conservadora, o que, historicamente, pode trazer políticas e “modas” mais tradicionais e perigosas, sobre as quais precisamos estar atentos.
Falando nos trânsitos dos planetas lentos, aspectos importantes entre eles todos, sobre os quais falaremos pontualmente aqui no site, já que serão desenvolvimentos de grandes ciclos que nos impactam individual e coletivamente.
Que seja um período de consciência e crescimento para todos nós.
Titi Vidal
