Faça o que eu digo e faça o que eu faço
por Lygia Pontes
Toda vez que ouvia esse “conselho”, eu ficava inconformada. Eu me perguntava por qual motivo eu deveria seguir a recomendação de alguém que age de forma diferente do que fala. Apesar de fazer tempo que eu não escuto isso, tenho visto com muita frequência a falta de alinhamento entre discurso e prática, principalmente no ambiente de trabalho. Esse tipo de comportamento gera um desgaste enorme nos profissionais, afinal, não conseguem entender o que é esperado deles. Para que você não seja o(a) causar(a) do clima de insegurança entre seus colegas, coloque em prática essas dicas:
1. Cumpra suas promessas: se prometer algo, cumpra
Caso tenha se equivocado no momento em que prometeu algo, informe imediatamente os envolvidos que errou e explique o motivo.
2. Seja sincero(a)
Por pior que possa parecer em alguns momentos, a verdade é sempre o melhor caminho. Além de permitir encontrar uma solução concreta para um problema, você não irá desperdiçar energia para sustentar uma mentira.
3. Conheça seus colegas de trabalho
Entenda a história de vida de cada profissional. Apenas compreendendo que tipo de “bagagem” carregam, você poderá definir a melhor forma de falar com cada um. Deixar um(a) profissional muito tímido(a) sozinho(a) em uma reunião mais crítica pode transformar um projeto promissor em um fracasso.
4. Mostre quem você é
Deixe claro para as pessoas o que espera delas, o que valoriza etc. Ao mostrar que tipo de profissional é você, será possível gerenciar as expectativas. Por exemplo, se você consegue se concentrar mais pela manhã, avise sua equipe que prefere deixar esse período para trabalhar sozinho(a) em projetos mais complexos.
5. Peça desculpas
Caso não consiga seguir as dicas acima, reconheça que agiu errado e desculpe-se! A confiança que os profissionais têm em você será preservada. Mas também é importante evitar ao máximo repetir um comportamento que deu errado.
Se não conseguir colocar em prática essas recomendações, observe as reações das pessoas com quem trabalha. A falta de coerência entre discurso e prática é tão prejudicial, que é praticamente impossível não perceber a reação negativa de alguém quando agimos dessa forma.
Foto: Jessica Sysengrath no site Unsplash
Lygia Pontes
