Murzim, a pata do cão maior
por Mariana
O anunciador
Os gregos da antiguidade viam a constelação do Cão Maior como um dos cães de caça de Órion, no céu estrelado.
O cão foi um dos primeiros animais domesticados pelo homem, e era visto como um guardião, tanto na vida como na morte.
Cães na mitologia
Na mitologia grega encontramos Cérbero, o cão que guardava os portões do Hades e que tradicionalmente é ilustrado com 3 cabeças, apesar de Hesíodo ter lhe atribuído muitas mais.
Logo que chegavam ao mundo inferior, as almas tinham que encarar essa fera monstruosa, que bloqueava o seu retorno ao mundo dos vivos.
Já os egípcios chamavam o seu guardião de Anúbis, o deus da mumificação, responsável pelos ritos funerários e por levar as almas ao encontro do deus Osíris.
Descrito com cabeça de chacal (espécie de canídeo) e o corpo de um ser humano, há vários registros antigos sobre essa figura mitológica.
O cão que avisa
Murzim foi chamada de estrela anunciadora por se ascender no céu um pouco antes de Sirius, a estrela mais brilhante da constelação. Assim que Sirius nasce, Murzim acaba ofuscada por seu brilho.
Dessa forma Murzim incorpora o simbolismo do cão que ladra, anunciando a chegada de alguém importante, avisando dos perigos, fazendo barulho e carregando uma mensagem. Ela avisa que algo relevante está para acontecer.
Murzim no mapa
Quem tem Murzim costuma ter algo a dizer. Costumam ser declarações que mudam alguma coisa, trazem novas ideias para o mundo, com a capacidade de influenciar os outros pela palavra.
Ao mesmo tempo podem ser pessoas tagarelas e fofoqueiras, tendo que cuidar para não se tornarem inoportunas.
É comum nos mapas de pesquisadores e escritores, mas como a estrela no céu, o seu brilho pode ser um tanto efêmero, como o ditado que diz que “cão que ladra não morde”.
Atualmente encontra-se a 7º28’ de Cancer.
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