Do olhar crítico à visão compreensiva
por Titi Vidal
Olhando a Astrologia através da(s) janela(s)
Nos últimos dias foram levantadas novas discussões sobre o papel da Astrologia e sua validade.
Com argumentos supostamente validados pela ciência, novas críticas vêm sendo tecidas de forma inconsistente a respeito do saber astrológico.
Se hoje a Astrologia não é considerada ciência dentro do que se entende hoje por ciência, já o foi em tempos mais antigos e, de um jeito ou de outro, vale lembrar que estamos falando sobre um saber, uma área do conhecimento, que tem seus pressupostos e complexidades e que acompanha a humanidade há milênios.
Em 2014, enquanto cursava o mestrado, que resultou na minha dissertação Narrativas do céu: a presença da Astrologia nos meios de Comunicação, publiquei diversos artigos acadêmicos importantes e um deles era justamente sobre esse tema: as críticas feitas à Astrologia de forma inconsistente, sem o devido conhecimento sobre o que é de fato essa área do saber.
O artigo Do olhar crítico à visão compreensiva: olhando a Astrologia através da(s) janela(s) foi publicado no Livro Comunicação em Cena, volume 4, organizado por Liana Gottlieb e mostra o quanto o horóscopo é um divulgador da Astrologia e ao mesmo tempo algo que gera preconceito por sua simplificação. No artigo, cito casos de importantes pensadores – Roland Barthes e Theodor W Adorno – que criticaram a Astrologia baseados em horóscopos. Por outro lado, apresento conceitos e visões trazidas por Edgar Morin, Vilém Flusser e Paul Feyerabend, entre outros, que olharam para a Astrologia de forma mais compreensiva, no sentido de compreender toda sua complexidade.
Se fosse atualizar, incluiria muitos novos recortes que surgiram em quase uma década: os memes astrológicos, os loucos dos signos, as páginas dedicadas à Astrologia que não são feitas por astrólogos, os programas com o tema que não são embasados por teorias astrológicas consistentes e muitas outras coisas que temos visto hoje em dia que, ainda que praticadas por quem se diz amante da Astrologia, só ajuda a reforçar o estereótipo, o preconceito e a falta de conhecimento.
Por incrível que pareça, acredito que hoje em dia, apesar de tanta informação à disposição, é muito mais difícil explicar aos leigos o que é Astrologia do que há 20 anos. Antes nossa tarefa era explicar o que era Astrologia. Hoje o maior trabalho está em mostrar o que não é Astrologia e que o que muita gente segue à risca, na verdade, passa longe de teorias astrológicas consistentes e complexas.
Ao contrário do que vemos a maior parte do tempo na mídia, Astrologia é algo sério, profundo, complexo, que permite orientações sobre as grandes questões da vida. É algo que vai muito além de signos e combinações astrológicas, de piadas e orientações irresponsáveis, feitas por quem sequer tem formação ou uma prática profissional consistente.
É preciso estar cada vez mais atento e, se você ama realmente Astrologia, te convido a pesquisar mais a respeito, saber o que ela é de fato e como pode fazer diferença efetiva em sua vida.
O conceito de signos é real e eles são a base da Astrologia. Mas são apenas uma parte. Assim como horóscopo, se bem feito, por um profissional de fato, traz orientações corretas. Mas é apenas uma parte bem pequenininha de tudo que a Astrologia tem para te oferecer.
Feita essa introdução, deixo aqui na íntegra o artigo que publiquei em 2014, cujos argumentos seguem sendo válidos para as críticas atuais. E, apesar da pressa que temos hoje em dia, te convido a ler e refletir a respeito. E repensar antes de compartilhar bobagem astrológica que, pode ser divertido e parecer entretenimento para quem não conhece de fato Astrologia, mas que é algo muito mais sério, profundo e complexo do que a maior parte das pessoas imagina.
E, ao desejar de fato saber mais sobre Astrologia, busque astrólogos sérios, bem formados, com experiência teórica e prática, que tenham responsabilidade e ética ao praticar essa profissão.
Não precisa deixar de aprender em artigos, posts, podcasts, vídeos, cursos rápidos e conversas sobre o assunto. Mas ao querer de verdade praticar ou replicar, busque conteúdo sério e responsável.
E, lembre-se, nada substitui uma boa consulta com um(a) astrólogo(a).
Abaixo, o artigo citado. Boa leitura:
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