Eu não acredito. Nem a também astróloga Debra Silverman, que está lançando seu livro “Não acredito em Astrologia”, pela ed. Sextante. E o título não poderia ser mais perfeito, já que essa é uma frase que ela, e todos nós, astrólogos, escutamos com frequência. No entanto, Astrologia está longe de ser uma questão de crença, como vou contar mais ao longo desse texto.
Antes quero contar da minha conversa com a Debra. A convite da editora, tive a oportunidade de entrevistá-la e a conversa foi maravilhosa, como era de esperar em um papo entre duas geminianas. Contei que amei o livro e que eu mesma poderia ter escrito muitas das frases que encontrei nele. Nossa visão astrológica é muito parecida, assim como nossa paixão em comunicar isso.
Comecei justamente perguntando sobre a escolha do título e ela me respondeu: Astrologia funciona. E muita gente que diz que não acredita, quando faz um mapa percebe isso.
Debra sinalizou o quanto Astrologia promove consciência, individualidade, pensar por si mesmo, tirando o controle de quem quer mandar em você. Astrologia dá uma direção exata sobre você ser quem você é e isso dá um poder incrível, especialmente da sua independência. Segundo Debra, é justamente por isso que ela foi “colocada no armário” pela religião ou outras pessoas que desejam ter o controle coletivo.
Mas, segundo a autora, as redes sociais vem ajudando a divulgar cada vez mais e, apesar da superficialidade que muitas vezes gera, acaba sendo uma grande oportunidade de divulgar a Astrologia.
Contei um pouco sobre essa história da Astrologia e sua relação com os meios de comunicação na minha dissertação de mestrado (sobre a qual tive a oportunidade de contar para Debra):
Não só concordo com ela, como fiz duas monografias de pós graduação – em Jornalismo e em Influência Digital, e uma dissertação de mestrado (link acima) sobre isso e tive a oportunidade de compartilhar com ela um pouco sobre meus estudos. Geminianas adoram trocar experiências e visões sobre um mesmo assunto.
Ao tocarmos nesse assunto, inclusive, descobrimos que histórias descabidas como a questão de um tal de 13º signo são comuns em ambos os países, Brasil e Estados Unidos, e que os astrólogos sérios estão sempre lá para explicar porque isso não faz sentido.
Outra coisa que eu adorei no livro da Debra: ela coloca Astrologia como um remédio e nos convida a nos apaixonarmos pelo nosso próprio destino, o que lembra uma frase famosa do Jung (que estudou e praticou Astrologia), que diz algo como que “o livre arbítrio é viver de boa vontade o seu destino”. E como a Astrologia nos ajuda nisso!
Debra, por sinal, é astróloga e psicóloga e pratica ambas simultaneamente. Ela ficou feliz de saber que eu fiz terapia por anos com uma psicóloga incrível que também é astróloga. Realmente é uma experiência diferenciada. Para Debra, Astrologia é Psicologia também. Ambas tem a mesma função, que é desvendar a personalidade.
Compartilhei com ela o quanto que é comum em um atendimento astrológico alguém dizer que em uma consulta astrológica chegamos em algum ponto que muitas vezes nem 10 anos de terapia conseguiram aprofundar. Ela diz que isso é frequente em seu trabalho e que a Astrologia é mesmo esse caminho mais rápido para “ler” uma pessoa.
Ela inclusive nomeia esse “ganho” em seu livro: um observador, uma parte consciente que a pessoa desenvolve que é a chave, o segredo, que é você saber quem você é e explicar o que fazer com a sua vida.
Outro ponto de identificação que tivemos: ela contou que costuma ir ao planetário ou em museus ou observar o céu. Eu faço o mesmo. Inclusive faço imersões com alunos no alto da Serra da Bocaina para observação do céu. É importante saber que o céu com o qual trabalhamos na Astrologia é o mesmo céu que observamos ao olhar para cima. Como a própria Debra falou em nossa conversa: as estrelas contam uma história e isso é um modelo científico. Sempre sabemos onde está a Lua. Em um mundo cada vez mais caótico, é importante saber onde estão as estrelas e ter a certeza de que elas nos guiam.
Não é à toa que a Astrologia é uma ferramenta tão poderosa de autoconhecimento e de tomada de decisões.
E ela tem outro ganho incrível: tomar consciência e “domar” o que Debra chama de Gremings. Ao abordar esse assunto eu logo brinquei: somos geminianas, temos muitos, não? Ela logo respondeu que no meu caso, eu tenho em dobro, pois o Ascendente e a Lua em Virgem são cheios deles. Isso porque no começo da nossa conversa, que foi em inglês, fui logo me justificando pelo meu inglês que, apesar de não ser ruim, eu morro de vergonha de falar. E isso foi ótimo para ela explicar de forma mais prática o que são esses Gremlings. É justamente essa parte nossa que diz: “meu inglês não é bom o suficiente”. É uma parte do cérebro que, em contraponto à nossa parte consciente, é mais emocional e acha que você não é bom o suficiente em alguma coisa, ou que não vai realizar algo importante. São vozes internas que nos deixam inseguros.
Mas quando você faz um mapa astrológico, estuda Astrologia ou faz terapia, você nomeia essas vozes. E diz para elas: está bem, mas vou fazer mesmo assim. Como eu, que não me deixei prender pela minha insegurança com meu inglês e aceitei o desafio de entrevista-la mesmo assim.
O livro da Debra é justamente sobre isso: como identificar essas vozes e manda-las parar. Você faz um mapa astrológico para descobrir seu livre arbítrio. E sabemos que somos capazes, como eu, falando inglês, apesar de todas as inseguranças. Mostrei para ela meu roteiro, super virginiano e ela: olha você conversando com seu Gremling! O Gremling vira nosso amigo.
Outro ponto importante e incrível do livro é a forma como Debra coloca Saturno. Para a autora, Saturno é nossa grande lição de vida. Para ela, Saturno, Sol e Lua são nossos astros mais importantes.
Em nossa conversa ela inclusive perguntou sobre meu Saturno e falou sobre a necessidade de mergulharmos fundo nas lições que Saturno nos traz. Para ela isso é o mais importante do livro. Debra inclusive sinalizou algo que eu concordo demais: não dá para não gostar do nosso Saturno.
Saturno que é Cronos, o senhor do tempo, que fala sobre nossa relação com esse tempo e as mudanças da vida.
Debra ainda falou sobre o quanto ela se preocupa com os jargões astrológicos e o quanto ela tenta tornar a Astrologia algo prático na vida das pessoas. Provavelmente esse pensamento foi algo que nos conectou.
Astrologia, no fim das contas, é algo para nos lembrar para que nossa vida está sendo vivida, qual o nosso destino. Algo que, segundo Debra, a gente já vive mesmo sem saber, mas a Astrologia confirma ou nos dá clareza disso.
Para a autora, a Astrologia é como uma boa mãe, que te abraça e diz que você é assim e que vai ser assim e que está tudo bem. E eu reforço: sabendo quem somos e as possibilidades que temos, fica muito mais fácil fazer boas escolhas e tomar as melhores decisões.
Debra reforçou que nessas décadas como astróloga nunca deixou de se maravilhar e apaixonar pela Astrologia. Sinto exatamente a mesma coisa. Para Debra, assim como para mim, cada mapa é um novo aprendizado e uma oportunidade de ouvir alguém e oferecer esse universo para essa pessoa.
Em um mundo cada vez mais caótico, a Astrologia conta sobre nosso propósito. Enquanto seu Gremling te diz algo ruim, a Astrologia te dá consciência para tomar decisão. Ajuda você a saber quem você é.
Por isso Debra decidiu escrever esse livro e deixar esse legado, contar para as pessoas sobre o quanto a Astrologia pode ajuda-las.
Para fechar nossa conversa, falamos sobre esse momento único que estamos vivendo. É impressionante que nunca na longa História da Astrologia aconteceu algo parecido. Nem voltando milhares de anos encontramos todos os planetas exatamente onde estão e ingressando juntos em novos signos. Mas lembramos de um momento um pouco parecido, quando a eletricidade revolucionou tudo que veio daí para a frente. Agora temos a Inteligência Artificial prometendo essas grandes revoluções. A diferença, bem lembrou Debra, é que hoje temos podcasts, redes sociais e muita informação à nossa disposição. E, ainda que seja difícil a gente interpretar exatamente o que vem pela frente, estamos juntos e conectados e podemos conversar sobre isso.
Então pedi para que ela deixasse um conselho e ela falou sobre algo que é a base da Astrologia: os elementos astrológicos, tema de um livro anterior dela, que, para a autora, é a chave para nosso equilíbrio interior. Conhecer seus elementos e equilibrá-los. Isso, sem dúvida, é um conteúdo presente em todas as consultas astrológicas. Até porque os elementos são a base dos signos do zodíaco.
Reforcei em nossa conversa o quanto percebo tanta gente perdida, confusa e com medo. Debra simplesmente respondeu: usem as estrelas para se guiar. A Astrologia, disse ela, é como uma agenda. Se estamos assustados, olhamos para esse arco evolutivo pelo tempo e nos mantemos, assim, acordados, conscientes, confiando nisso.
E assim terminou nossa conversa, que foi super gostosa e passou rápido, com um lembrete para nós duas de que temos o melhor trabalho, que é a Astrologia, que guia a nós e aos nossos clientes, alunos ouvintes e leitores. A melhor forma da gente seguir em frente.
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