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Viver o Sol ou o Ascendente, quando fazer um mapa, onde passar o aniversário: esclarecendo algumas dúvidas astrológicas frequentes

A Astrologia é um saber complexo, uma área do conhecimento bastante antiga que nos ajuda a compreender o universo. Por universo, podemos pensar em todos os sistemas que nos cercam e dos quais fazemos parte. Por isso, a Astrologia é especialmente uma área do conhecimento que ajuda a compreender o nosso próprio universo, interno, oferecendo recursos para que possamos viver da melhor maneira possível, fazendo parte de todos sistemas aos quais pertencemos.

Somos, portanto, um reflexo do nosso sistema e do universo. Macro e microcosmos se refletem e, assim, como descreveu Richard Willhelm, “o homem é um cosmo em miniatura”.  Segundo R. Whilhelm, cosmo e homem “obedecem às mesmas leis”. Por isso, “psique e cosmo comportam-se como mundo interno e mundo ambiente” e por isso “o homem participa por sua natureza de todo acontecimentos cósmico e está entretecido a ele, interna e externamente”.

Dessa forma, quando penamos no nosso sistema solar, temos o Sol em seu centro. Tudo que acontece ao seu redor, inclusive a vida da Terra, depende desse Sol que brilha enquanto os movimentos planetários acontece ao seu redor. Num mapa astrológico, temos esses mesmos astros e planetas.

Para fazer um mapa, levamos em consideração o local onde nascemos. A partir desse observador, o dono do mapa, imaginamos os movimentos dos demais planetas, inclusive do Sol, ao nosso redor. São apenas movimentos aparentes, mas que nos influenciam. Cada um tem seu mapa astrológico, já que o céu nunca se repete. Ou seja, se cada ser humano é único, seu mapa natal também é. Esse mapa é como um retrato do céu no momento do nascimento.

Por isso, reflete o macrocosmo, transformado em microcosmo dentro do homem. Isso significa que se homem e cosmo obedecem as mesmas leis, o Sol que brilha fora é o mesmo que brilha dentro de nós. Ou seja, o Sol é o nosso centro, assim como é o centro do sistema solar. Ele é o doador da vida, tanto que representa também o pai. O Sol representa nós mesmos, nossa personalidade, nossa essência. Se ele não brilha, não pode existir vida nos outros planetas. Isso significa que precisamos brilhar através do nosso Sol.

Já o Ascendente é a linha do horizonte, mostra o signo que estava nascendo naquele momento. É um ponto importante da nossa personalidade e depende totalmente do local do nascimento. É nossa relação com a Terra e local de origem. Tanto que representa as condições do nascimento e do parto. O Ascendente faz parte da nossa personalidade e junto com o Sol e todo resto do mapa, mostra quem somos. Ele é também nossa máscara, a porta de entrada.

Assim, quando conhecemos alguém, vemos primeiro seu ascendente, que é seu comportamento e imagem. Com o tempo vamos percebendo o brilho do Sol e conhecendo todo mapa de alguém. Isso significa que temos que ser ao mesmo tempo Sol e Ascendente, e todo resto do mapa, já que somos um sistema complexo e todo esse universo faz parte de nós. Em algumas situações, certamente precisaremos nos comportar com o ascendente, para preservar o Sol e poupar energia, ou porque a circunstância pede por isso. Mas, no fundo, o que precisamos ser é o Sol.

Por isso, não é verdade que depois dos 30 anos somos mais o ascendente. Caso isso aconteça, é porque o Sol se apagou e, por consequência, sentiremos seus efeitos em alguma (s) área (s) da nossa vida. Ou seja, nunca podemos esquecer quem somos (Sol). Pelo contrário, sempre temos que fazer com o que nosso Sol brilhe, irradiando sua energia para todo resto do mapa.

Outra dúvida frequente é sobre a melhor época para fazer o mapa. Muita gente prefere fazer próximo ao aniversário, já que de fato ele é o início do nosso ano pessoal. O Sol completa uma volta no zodíaco uma vez por ano e de certa forma renascemos todos os anos. Uma das técnicas de previsão astrológica é a chamada Revolução Solar, que calcula um novo mapa no momento em que o Sol volta à sua posição original.

Essa técnica também leva em consideração o local onde vamos passar nosso aniversário, onde veremos o Sol renascer. No entanto, esta é apenas uma das muitas técnicas de previsão astrológica e não deve ser utilizada sozinha. Técnicas como progressões secundárias e trânsitos são muito utilizadas e são muito mais precisas, e não dependem do local onde a pessoa passa o aniversário. Assim, o primeiro ponto a ser esclarecido é sobre a época de fazer um mapa.

Quem gosta de fazer seus votos e iniciar seu ano astrológico no momento do aniversário, pode fazer o mapa nessa época. Mas isso não é uma regra, nem uma obrigação. O mapa pode ser feito a qualquer época do ano. O astrólogo fará as previsões para um ano ou outro período que achar por bem, a partir da data da consulta. Isso é possível pelas progressões, trânsitos e demais técnicas astrológicas. E mesmo pela revolução solar. Basta que o astrólogo calcule a revolução que está em andamento, desde o último aniversário do cliente, e também a próxima, para analisar o que ficará diferente após o próximo aniversário.

Sobre o local, também não é necessário escolher onde passar o aniversário.O ideal é estarmos em algum lugar no qual estamos nos sentindo bem, fazendo coisas que gostamos. Mudar o lugar onde vamos passar o aniversário como uma tentativa de mudar o nosso destino não funciona. Podemos, de fato, mudar a revolução solar. Com isso, vamos minimizar alguma percepção sobre determinado acontecimento, mudar um pouco as influências em determinada área da nossa vida.

Mas não mudaremos os aspectos presentes no céu. As progressões e os trânsitos serão os mesmos e se algo está escrito ali, vai acontecer independente do lugar onde estaremos.  Fora isso, se há uma grande tensão no céu, que cairia numa determinada área do mapa e por isso mudamos de cidade, teremos a mesma tensão, mas em outra área da nossa vida. Ou seja, não escaparemos do que está ali. E, se por progressões e trânsitos aquela área já está ativada, no fim dará no mesmo termos viajado para o outro lado do mundo.

Assim, o importante é fazer o mapa quando sentirmos necessidade, a qualquer momento do ano, sem grandes preocupações sobre onde iremos passar o nosso aniversário. O importante é começar o ano pessoal com o pé direito e agir por si mesmo para que cada ano seja sempre melhor que o anterior. Nesse sentido, fazer o mapa ajuda a conhecer nossos recursos, compreender os desafios, e viver uma vida melhor. Ajuda, também, a saber mais sobre nosso Sol e compreender o que ele precisa para sempre brilhar!

 

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