Esse é meu primeiro texto aqui na Rede Bellatrix, mas com o passar do tempo você irá perceber que gosto muito de ler. Só esse ano, já estou próxima da marca dos 150 livros e com uma nova mania: procurar obras que narram histórias de mulheres que lutaram bastante para que todas nós tenhamos os direitos que temos hoje. Foi assim que Ousadas: Mulheres que Só Fazem o Querem (Nemo), de Pénélope Bagieu, entrou na minha prateleira.
O quadrinho narra de forma rápida, objetiva e didática a vida de 15 mulheres que lutaram, construíram e estudaram mesmo quando as situações eram bem adversas — e ninguém esperava que elas tomassem tais atitudes. E, olha, a Pénélope não escolheu começar esse compilado (já que esse é o volume 1), com nomes que já vimos em vários lugares. Pegou mulheres pouco conhecidas, mas que merecem ter suas histórias lembradas.
Entre elas está a Mulher Barbada, que assumiu seus pelos e levou uma vida de fama por isso, Nzinga, a rainha de Ndongo que resolveu negociar com os portugueses até conseguir a paz, as Las Mariposas, três irmãs que foram mortas por desafiar o sistema político da República Dominicana, Georgina Reid, que salvou um Farol ao construir, por durante 15 anos, um sistema de terraplanagem ao redor dele e tantas outras.
E sabe o que é legal? Ver como a luta dessa mulheres fez diferença. Às vezes, a gente fica com preguiça de começar uma briga ou levantar uma discussão por achar que tal atitude só vai gerar estresse. Mas imagine se as mulheres do passado tivessem desistido. se não tivessem ido às ruas para pedir direito a voto, se não tivessem reivindicado o direito ao trabalho, brigado por poder entrar na universidade… O que seria de nós hoje?
Por isso, após esse livro, fica aquela inspiração: se você quer lutar por algo que acha justo, que vai impactar sua vida e a de outras pessoas para o bem, vá paras as ruas. Obstáculos a gente enfrenta todos os dias, mas eles não nós param, nos incentivam.