Toda celebração é importante! Um ritual de comemoração de passagem do
tempo!
Marcamos nossas vidas assim! Celebramos o tempo passado e, na presença de pessoas
queridas, afirmamos nosso presente e futuro!
Agora…é um exagero o que vemos nesses buffets infantis!
Um ruído que perturba a infância (já viram a seleção de músicas de grande parte desses lugares???), um materialismo exacerbado (sim, docinhos enfeitados de ouro, brinquedos
eletrônicos, lembrancinhas absurdamente doces e cheias de penduricalhos), uma histeria por se divertir até a exaustão (os monitores desses lugares gritam por atenção e preservam os pais, que se entopem de salgados e bebida enquanto suas crianças “brincam”) e um distanciamento da celebração que realmente importa nos nossos rituais de passagem (estarmos juntos, de verdade, um tempo de qualidade…não as 4 horas do contrato do buffet)!
Claro que cada um faz o que bem entende nas festas de seus filhos e filhas. Isso não é uma
condenação, mas um convite à reflexão, ok? Criança gosta de brincar junto, sozinha, em silêncio, muitas vezes. Criança não precisa de brinquedo pronto pra se divertir. Criança gosta de estar e ser uma coisa agora – dar um tempo – e ser outra coisa depois.
Criança gosta de olhar no olho da outra, pegar na mão e ver o miúdo da vida. Sempre penso, e ninguém tira isso da minha cabeça, que a festa é, antes de mais nada, para a família da criança.
Pergunto: por que não voltamos ao simples? Ao dia especial? À valorização das relações
possíveis e importantes para a infância? Tanta gente que volta a fazer pequenos encontros em casa, em que crianças cozinham e preparam sua celebração!
Tanta gente ocupando parques e praças, valorizando a cidade, os encontros públicos e as brincadeiras esquecidas!
Tanta gente se voltando aos brinquedos que incentivam a imaginação! Que o cenário das
festas infantis seja mais ligado às relações existentes na família do que a o Portifólio dos
buffets infantis!
#PapoReto