A sociedade humana vem se desenvolvendo desde a pré-história no sentido da ocupação do planeta como um todo. Hoje em dia, somente as fronteiras extremas para a vida, como as altitudes radicais, as profundezas dos oceanos, ou cantos inóspitos de desertos e florestas, não foram ocupados. Com sua capacidade de pensar e fazer sempre em expansão, o homem pode se tornar o húmus da terra ou seu destruidor. O filosofo Kant disse que acabaríamos solidários enquanto humanidade ao cabo da ocupação total do planeta, nem tanto pela solidariedade e amor, mas pela necessidade comum. O Homo sapiens vem passando por revoluções intensas desde o neolítico onde tivemos a primeira onda de criação transformadora da cultura com o advento da agricultura. Olhando a cultura como algo inerente ao cultivo da vida, a arte de cultivar a vida atinge seu ápice com o desenvolvimento cultural da civilização e surgimento da história. O homem cria, adquire, incorpora, transmite e perpetua sua cultura, e cada vez mais rápido. Desde que a segunda onda cultural promovida pela industrialização ocorreu, as transformações culturais são cada vez mais aceleradas. Como se os milhares de anos que o homem passou tentando se comunicar com dificuldade justificassem ele agora não poder esperar nem um segundo. Contemporaneamente estamos passando por uma terceira onda de transformação cultural através da comunicação e informação, a sociedade digital. Como o indivíduo é uma das pontas onde se estriba a sociedade, e a espécie é outra, o conhecimento ou a falta dele são determinantes. Os velozes movimentos da sociedade humana, biográficos, geográficos e coreográficos podem levar o homem a uma paralisia paradigmática enquanto indivíduo, mas o mesmo não ocorre com a sociedade humana que avança no seu ímpeto de revelar-se como espécie, seguindo sempre em frente, mesmo que tenhamos uma sensação de estar sem rumo. É necessário nos desprogramarmos e reprogramarmos, sempre nos questionando: em que período da história estou? Não vamos parar por aqui. Temos que abandonar a mente pré-lógica sem julgá-la inferior, semelhante ao momento de ruptura entre a barbárie e a civilização promovida pela Grécia clássica, porém integrando os níveis de existência e ampliando a cultura humana, esta arte de cultivar a vida, compreendendo melhor nosso papel no planeta e nossa responsabilidade como vida consciente neste planeta. Saindo de um eco-nômico para um eco-lógico, numa revolução do conhecimento. Viva a sociedade do conhecimento!!! Um ponto de partida é começarmos por aquilo que está logo a mão, por este microcosmo chamado si mesmo. Viva o auto-conhecimento!!!
O QUE SERIA A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE HUMANA HOJE?
