Além de setembro ser escolhido como o mês do desapego (já fiz um post sobre isso), também é considerado o mês para promover a prevenção à depressão. O que muitas vezes não sabemos, ou não conhecemos, é que o apego pode gerar uma depressão e vice-versa.
Já vimos e ouvimos falar sobre a acumulação compulsiva, mas o que é, como identificar e como tratar?
O transtorno de acumulação compulsiva faz com que tenhamos dificuldade em desapegar ou descartar as coisas, sejam elas de valor ou não, úteis ou não mais, acumulando objetos em excesso, permitindo que os ambientes fiquem desorganizados, impossibilitando o uso e o convívio com outras pessoas.
Há uma diferença pontual entre acumular e colecionar itens. Enquanto o acumulador mantém tudo e, pelo excesso, desorganização e, muitas vezes, mau cheiro das coisas, tem vergonha em mostrar ou viver com outras pessoas, o colecionador fica feliz em apresentar sua coleção por ser um hobby, um prazer que permite inclusive fazer troca com outros colecionadores, são sociáveis.
Quando acumulamos em excesso, temos grande dificuldade de nos desfazermos das coisas, mesmo sem utilidade, e de organizá-las; sentimos angústia e medo por acreditarmos que não podemos ficar sem o objeto e por precisarmos dele um dia; evitamos a convivência com os outros, por vergonha; somos indecisos; queremos novas coisas, mesmo tendo iguais e passamos a distribuir o acúmulo em vários ambientes.
O transtorno pode ter início na adolescência ou na fase adulta e vários podem ser os motivos: eventos estressantes pontuais e ansiedade, por exemplo.
O tratamento é feito com acompanhamento de profissionais, terapias comportamentais e remédios indicados por psicólogos e psiquiatras.
Muitas vezes, quando somos acumuladores, não percebemos ou não aceitamos, por isso amigos e familiares têm papel fundamental no auxílio desse diagnóstico.
O cuidado também é muito importante quanto à nossa saúde física, já que o excesso de coisas pode gerar alergias sérias e até quedas por conta dos ambientes entulhados.
Amigos, familiares, terapeutas e especialistas em organização podem ajudar nesse processo! Conte com eles! Conte conosco!
Adriana Rielo
Organização Prática Criativa