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O quanto você se importa com você?

Vamos fazer as pazes com a realidade? Você não vai ser uma prioridade para os outros sempre. As suas preferências não vão combinar com as de outras pessoas sempre. Frustrante? Pode até ser, enquanto você não aceita que os outros não têm mesmo que cuidar por você daquilo que você pode fazer por conta própria pra ser mais feliz, mais realizada ou seja lá o que você está buscando nesse momento pra sua vida.

Aprenda você a se colocar, de fato, como uma prioridade para você mesma. Aprenda a respeitar o que você sente e o que você quer. Não julgue com tanto rigor suas necessidades, nem se faça de vítima da incompreensão alheia. Prefira agir, todos os dias, para se aproximar do que você sabe que precisa agora. Faça alguma pequeníssima coisa que encaminhe você rumo a uma necessidade que está gritando aí dentro do peito.

A meta é se tornar o seu próprio sistema de apoio. Não porque você não vai precisar de ajuda de vez em quando. Todas nós precisamos e não há nada de errado ou vergonhoso nisso. Nem porque você quer parecer auto-suficiente e, portanto, não deve compartilhar com ninguém o que se passa com você. Agir assim não é ser autônoma; é ter o ego no comando.

Lembre-se que quando você baixa as expectativas em relação aos outros, as chances de você se decepcionar são menores. E isso não é a mesma coisa que baixar os seus parâmetros sobre o tipo de relações que prefere estabelecer. É sobre aceitar que as pessoas não vão reagir como você reagiria. Reciprocidade é um conceito lindo e tão necessário, mas que pode ser perigoso quando você fica esperando que os outros devolvam pra você, da mesma forma e na mesma medida, aquilo que você escolhe fazer por eles. A escolha do quanto oferecer é sua e indica a extensão da sua capacidade de se importar. Cuide do seu sistema de apoio íntimo com a mesma intensidade com que você acha que precisa cuidar de tudo e de todos. Comece por você.

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