A mulher durante a síndrome pré-menstrual , na peri ou na pós menopausa pode apresentar sintomas de labilidade emocional que influenciam seus hábitos de ingestão alimentar, principalmente de carboidratos que podem influenciar o ganho de peso devido a flutuação hormonal que ocorre nesse período. O jantar sacia a fome metabólica e os carboidratos a fome do prazer. Esses carboidratos ingeridos vão para a corrente sanguínea na forma de glicose que faz com que o pâncreas libere insulina, permitindo que essa glicose entre no musculo, na gordura, no fígado e em outros tecidos. No cérebro, a insulina modula os receptores de serotonina que estão associados ao humor, ao bem estar e a saciedade aumentando a sensação de recompensa e prazer.
Esse comportamento no aporte calórico, transforma-se num gatilho cruel para o ganho de peso e da gordura visceral, produzindo células pro- inflamatórias que. causam um resistência à insulina, levando à síndrome metabólica e aumentando o risco cardiovascular. No climatério a chance de aumento da gordura visceral é de 5 vezes, mesmo sem um aumento de peso significativo.
O sono, tanto a qualidade quanto a quantidade mostram-se importantes no ganho de peso, dormir menos de 5 horas associa-se ao consumo de quase 400 calorias a mais. Além de ganhar peso devido a diminuição de melatonina que tem relação com a resistência insulínica, aumentando a chance de desenvolver pré- diabete e diabetes tipo 2.
O ginecologista deve avaliar a gordura visceral da sua paciente, co exame físico e laboratoriais e na medida do possível tratar essas pacientes estabelecendo dieta e medicamentos adequados. Os exercícios físicos tanto aeróbicos quanto aeróbicos que tem a função de diminuir os processos inflamatórios quanto os de força muscular para evitar a sarcopenia, são importantes para a perda e manutenção muscular quanto para o sistema cardiovascular.
Nosso DNA é poupador e acumulador de gordura e se somarmos a isso a um ambiente engordativo, ao sedentarismo e a uma alimentação calórica o ganho de peso ocorrerá