É comum ouvirmos alguém dizer que está vendo a vida em preto e branco ou que a vê em cores. Essa é uma maneira de expressar a forma como vemos a vida e como lidamos com ela. Mas é também uma forma de entender como nós somos ou estamos em um determinado período de nossa vida. O fato é que nós vemos o mundo de acordo com aquilo que somos. Os óculos com o qual vemos a vida tem a mesma cor da nossa alma. Ou seja, vemos o mundo da cor que nós somos. Isso significa que se a vida anda sem graça, sem cor, totalmente em preto e branco, isso é indício que algo em nós não está bem. Para algumas pessoas, a vida é sempre assim: não existem cores. Tudo é em preto e branco, às vezes cinza. Não há graça, não existem flores, não existe cor. Isso significa que internamente a pessoa está assim naquele momento. Mas todos nós temos as cores dentro de nós mesmos e somos capazes de colorir a nossa vida. O mais importante é saber que o processo começa de dentro para fora. Apenas veremos cores na vida se existirem cores dentro de nós. Isso acontece porque o mundo externo nada mais é do que um reflexo daquilo que somos. Projetamos o que somos o tempo todo, emitindo vibrações para o universo, que apenas nos envia aquilo que faz ressonância, ou seja, que está em sintonia com aquilo que estamos vibrando. Somos como um rádio que apenas toca a música em cuja frequência sintonizamos. Assim é com a nossa vida. Apenas ouvimos a música que queremos tocar. Claro que isso não acontece assim de forma tão consciente, caso contrário apenas ouviríamos boas músicas e veríamos a vida com as cores mais belas. O fato é que nem sempre – ou quase nunca – estamos consciente daquilo que se passa dentro de nós. Com isso, nossos pensamentos e sentimentos vão emitindo sinais aleatórios, que nem sempre estão em sintonia entre eles e com a nossa essência. Existem interferências vindas de nós mesmos e do mundo externo e quanto menos consciente do que estamos emitindo menos ainda estamos do que mais pode interferir. Também não adianta ficarmos tentando sintonizar estações que não nos pertencem só porque achamos que aquilo pode ser interessante. Precisamos descobrir qual é a nossa rádio, qual a nossa estação, qual a nossa música. Precisamos olhar para dentro e descobrir que música desejamos para nossa vida e o que precisamos fazer para que ela possa tocar. Para isso o autoconhecimento é mais que necessário, pois apenas quando sabemos mais sobre nós mesmos é que podemos mudar consciente e positivamente a nossa vida. Descobrir as cores que estão em nossa alma também é um caminho possível. Temos que olhar para dentro e descobrir que cores são mais vibrantes em nossa personalidade, que mais têm a ver com nossa alma. Com isso, podemos colorir a nossa vida, pintando tudo da cor que desejamos ver e com as quais queremos viver. Mas duas coisas são importantes. A primeira é que as cores devem mesmo ter sintonia com a nossa alma. Na verdade precisam ser as cores da alma. A segunda é que todos nós podemos colorir a nossa vida sempre que desejarmos, basta querer. Se o processo não puder acontecer assim, de dentro para fora, compre uma caixa de lápis de cor e dê asas a sua imaginação. Desenhe, pinte, deixe tudo colorido. E mostre para sua alma que estas cores estão dentro de você. Fazendo isso, você poderá colorir sua vida, das cores que você desejar. O mais bonito desse processo é que quando sabemos quais são as cores dentro de nós e qual a música desejamos ouvir, a vida se torna mais bela e tudo flui muito melhor.