Olá! Hoje vamos falar sobre laços de amizade e de como é importante sabermos o que doamos e o que recebemos nos laços que construímos. Você consegue contar nos dedos de uma mão os seus amigos verdadeiros? Ou uma mão não é o bastante?
Amizade é um tema essencial para entendermos o Valete de Paus do Baralho Francês. O personagem evocado para sua representação é Lancelot du Lac, Cavaleiro da Távola Redonda e braço direito do Rei Arthur Pendragon, sendo seu maior campeão e, conforme alguns comentadores, melhor que o Rei na arte da espada.
A amizade dos dois guerreiros é exemplar para muitas das histórias que foram construídas desde então, algo entre a parceria contra os inimigos e a competição entre si. Quando temos bons amigos e lutamos por um objetivo comum, a competição pode ser um incentivo para ambos, se a amizade realmente for sincera; caso contrário, pode ser o início do fim. E, nas crônicas arturianas, encontramos os dois aspectos.
Arthur casou-se com Guinevere para cumprir seus deveres como Rei. Guinevere apaixona-se por Lancelot, e é correspondida. E assim, os três vivem relacionamentos que não são, em suma, completos. Entre todas as versões da história, minha favorita é a de As Brumas de Avalon. Marion Zimmer Bradley sugere que o amor entre os guerreiros transcenderia a devoção militar.
Quando essa carta surge num jogo, a primeira interpretação é de um jovem, promissor, ambicioso, corajoso e com o brilho nos olhos que faz que com consiga mecenas para seus empreendimentos e parceiros entre seus pares. É aquele rapaz que reconhecemos como brilhante: dá gosto de ver que seus passos tendem ao sucesso.
Entretanto, hoje, eu convido você a pensar nos seus amigos, que também fazem os olhos brilharem. Quando nos cercamos de pessoas preciosas, cercamo-nos também de incentivos preciosos. Reza a lenda que somos a soma das cinco pessoas que nos são mais próximas; você se orgulha de quem te cerca… ou está na hora de encontrar outros parceiros?
Uma coisa eu garanto: os parceiros certos sempre se encontram. Que você possa, então, reconhecer-se em meio de pessoas tão preciosas quanto você.