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Hugo Cabret e a (re) invenção da capacidade de transformar sonhos em realidade e ser feliz

 

O filme é lindo. Romântico, leve, bonito, parece um sonho. A invenção de Hugo Cabret nos leva para um mundo de sonho e fantasia, onde tudo é possível. O filme de Martin Scorcese que faz uma homenagem à invenção do cinema e especialmente a George Méllies conta a história de um menino que vive uma linda aventura tentando consertar um autômato encontrado por seu pai, já falecido, e de quem ele acredita ter uma mensagem para receber através dessa máquina. Hugo, que vive entre as paredes de uma estação de trem enquanto mantém os relógios em funcionamento, não desiste de seu objetivo de consertar o autômato e fazê-lo funcionar. Essa história nos faz refletir sobre sonhos e propósitos. Hugo nos diz que toda máquina serve a um propósito. Ele diz que relógios mostram as horas e trens levam pessoas de um lugar para o outro. E que ele acredita ser assim também com as pessoas. Assim, ele diz que como as coisas todas as pessoas devem ter um propósito a que servir. Na visão de Hugo, o mundo é como uma grande máquina e como as máquinas nunca vêm com peça extra, já que todas estão ali por uma razão, assim é também no mundo. Não existem peças extra e, portanto, não existem pessoas sobrando. Todas estão aqui por uma razão e todas servem a um propósito. Resta descobrir qual é esse propósito, mas sem dúvida temos um (ou vários). Esse filme tem tudo a ver com esse momento que estamos vivendo. Primeiro, o resgate do sonho, da fantasia, do acreditar que as coisas podem dar certo e que podemos viver finais felizes. Esse não é o único filme que fala sobre isso, pois muitos outros filmes nostálgicos que resgatam o romantismo, os tempos antigos, a arte, o cinema, a música e o amor estão em cartaz. A invenção de Hugo Cabret é a cara desse Netuno em Peixes. Um filme romântico, lúdico, onde o protagonista é uma criança que nos remete à nossa criança interior. Embarcamos com Hugo nessa aventura e ficamos torcendo por um final feliz, apesar de todas as adversidades. Esse conto de fadas do mundo moderno que também pode ser visto em 3D nos faz acreditar que tudo é possível quando estamos seguindo o nosso propósito. O filme nos conta que quando somos movidos pelo amor e pela vontade verdadeira de fazer aquilo que acreditamos e a que nos propomos, somos capazes de fazer acontecer. Até porque se estamos sintonizados com esse propósito, a vida sempre dá uma ajudinha. Acontecem coincidências, sincronicidades, recebemos sinais e conhecemos a pessoa certa na hora certa. E o filme mostra isso o tempo todo: as histórias que se entrelaçam por uma razão, as relações que se estabelecem, a forma como a vida os conduz e tudo na hora certa. E como essas coincidências e aventuras pela vida com fé e confiança são capazes de conduzir ao lugar certo, ao verdadeiro lar. Também são capazes de “consertar” coisas e pessoas e (re) colocar tudo em seu devido lugar. Por isso, felizes aqueles que são capazes de sonhar e que prestam atenção aos sinais, aos sonhos, às sincronicidades, e sabem aproveitar as oportunidades sem desistir jamais daquilo que acreditam. Felizes aqueles que, como Hugo, seguem seu propósito e que acreditam que sempre é tempo de começar ou retomar essa busca pela verdadeira felicidade de fazer o que se veio fazer e de acreditar nos finais felizes. Quem é capaz de fazer isso beneficia a si mesmo e aos que encontra em seu caminho, como Hugo que fez “Papa George” resgatar seu propósito e ser capaz de sonhar e ser feliz novamente. O filme mostra que fugir do propósito e tentar esquecer o passado só gera mais tristeza, nos deixa como uma máquina que parou de funcionar, que está quebrada e precisa ser consertada. E quantos de nós vivemos assim? Encostados num canto, vendo a vida passar? Está na hora de acreditar que podemos mesmo ser feliz, que a aventura da vida vale a pena e que temos que sair por aí cumprindo nossa missão, seguindo nosso propósito, trabalhando pela realização dos nossos sonhos. Se estivermos no caminho certo, o coração saberá nos dizer e a vida vai ajudar com seus sinais, com suas sincronicidades, colocando as pessoas certas em nossa vida e nos conduzindo rumo ao nosso destino. Quem tiver coragem de fazer isso tem também a coragem de viver a vida de verdade, de ser feliz e fazer feliz aqueles que cruzam nosso caminho e seguem conosco pela vida. Mas, apesar de ser um filme que fala de Netuno em Peixes, ele nos lembra o tempo todo que sem Saturno nada é possível, pois os relógios precisam funcionar o tempo todo, mostrando que o tempo passa, que existem regras e que se queremos realizar um sonho temos que trabalhar para que isso possa acontecer.

Sobre o Hugo e o mapa astrológico

Hugo nos conta que todas as pessoas têm sua função nessa grande máquina que é o mundo. Que todos temos uma função, um propósito. Isso acontece também com nosso mapa astrológico, tudo está ali por uma razão e cada detalhe do mapa é um recurso que temos à nossa disposição. Por isso temos que fazer todo mapa funcionar, sempre, e por isso é impossível falar de qualquer coisa que esteja presente no mapa sem olhar todo seu conjunto, sem falar de todo o mapa astrológico.

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