Sabe aqueles dias em que você pensa: “Olha, não tá fácil”? Então, todos nós temos esses momentos. O cartunista Andrew Tsyaston resolveu unir as porradas na cara que levamos da vida em uma série de quadrinhos.
Esse graphic novel é a definição do “seria cômico se não fosse trágico”. Você lê, ri e pensa: “Ai, é assim mesmo”. Com situações do tipo: a vida derrubando sua autoestima, quando a gente não chora nem com a situação mais triste do mundo por estar esgotado, pessoas que lidam bem com a felicidade, pessoas que nem tanto, problemas de memória…
É impossível não se identificar com pelo menos uma dessas situações. E, sim, quem sabe até rir delas. O importante é saber que vamos ter dias complicados, a vida vai puxar nosso tapete, às vezes, vai dar vontade de gritar, mas que depois iremos rir de tudo isso.
“Fique Comigo” é um livro intenso que vale cada página
Eu poderia definir “Fique Comigo”, da autora nigeriana Ayòbámi Adébáyò, com uma palavra: poderoso. Que narração, que história, que construção de texto!
Não à toa, em 2017, esse livro foi eleito um dos melhores do ano pelos jornais The New York Times e The Guardian, e pela revista The Economist. Desde a primeira página você já sente o sofrimento e a angústia da protagonista.
A história não é daquelas felizes: Yejide é casada com um marido, que pela narração, é muito apaixonado por ela. Mas como não consegue engravidar a pressão da família em uma Nigéria na década de 1980 se torna muito intensa, até que uma nova esposa aparece.
Você vê como ela sofre com o desejo de ser mãe e de não conseguir, com a vontade do marido de não ter outra mulher, mas fazê-lo para que a família os deixe em paz, com o julgamento e a tensão que o país está vivendo naquela época.
Já li alguns livros muito bons, mas esse realmente é surpreendente.