Currículo significa trajetória de vida. A função desse documento é contar a nossa história educacional/acadêmica e profissional. Como qualquer relato, precisa ser interessante e objetivo para prender a atenção do espectador, bem como ficar guardado em sua memória. Mas, ao contrário de uma história, que o autor tem liberdade para criar fatos incríveis visando à conquista da sua audiência, no currículo não há espaço para ficção.
Por mais óbvio que pareça, esse tipo de comportamento é mais comum do que se imagina. Uma das razões que levam as pessoas a inventarem acontecimentos é não considerarem sua trajetória profissional relevante para uma determinada empresa e/ou vaga de trabalho. Nesse caso, o erro está em olhar o “o que” e não o “como”. Assim, em vez de pensarem apenas em qual informação vão incluir no documento, os profissionais devem se preocupar com a forma como os dados serão inseridos.
Vamos ver como esse cuidado é importante:
- Fiz uma parceria com a Titi Vidal, para ser colunista da Rede Bellatrix
- Fui convidada pela Titi Vidal para ser colaboradora da Rede Bellatrix. Sou responsável pelos artigos sobre eficácia e felicidade profissional na coluna Trabalhe Feliz.
As duas frases acima contam a mesma história, mas de duas maneiras diferentes. A segunda opção dá mais relevância ao acontecimento, pois usa palavras importantes para um currículo, como “convidada” e “responsável”.
Assim, sempre que achar que sua formação acadêmica e experiência profissional não são relevantes, reflita sobre a forma como tem narrado a sua história e não minta, porque você pode se colocar em situações constrangedoras. Já pensou ser chamada(a) para fazer uma apresentação em inglês quando, na verdade, você mal terminou o nível básico na escola? Além disso, sinceridade é a base para construir uma relação, e, como no ambiente de trabalho estamos o tempo todo nos relacionando com outras pessoas, ela é fundamental.
Foto: Bram Naus no site Unsplash