Ícone do site Titi Vidal

Existirmos: a que será que se destina?

O medo saiu do seu túmulo e hoje amar é coisa de valentes
(“A Guerrilha da Concórdia”, de Jorge Drexler)

O que nos torna humanos? A que se destina a nossa existência? Para nos amarmos ou para nos odiarmos? Por que rimos e por que choramos? O que nos move para seguir em frente e descobrir coisas? Por que destruímos a natureza e negamos nossa história?

Estas perguntas que muitos de nós fazemos também impulsionaram o fotógrafo, jornalista, ambientalista, cineasta e artista francês Yann Arthus-Bertrand a passar três anos coletando histórias da vida real de 2 mil mulheres e homens em 60 países. Essa imersão gerou o documentário Human, o qual explora todos os lados da humanidade para entender a nossa verdadeira essência. Ele capturou relatos profundamente pessoais e emocionais de temas que unem a todos: lutas com a pobreza, guerra, homofobia e o futuro do nosso planeta misturado com momentos de amor e felicidade. Destaco aqui a trilha sonora composta por Armand Amar, nascido em Jerusalém, de ascendência francesa, e que viveu muitos anos no Marrocos. Armand Amar criou músicas que refletem a mesma emoção gerada pelas entrevistas. As imagens de localidades e pessoas do Paquistão, Quênia, China, Espanha, Nepal, Burma, Mongólia, Lençóis Maranhenses, Madagascar, Etiópia, México, Bolívia, Coreia do Sul, Haiti, Índia, Alemanha e Nova York são condutoras das músicas executadas pela Orquestra da Cidade de Praga e participações de músicos desses países. Veja a versão musical do documentário Human e boa viagem e reflexão.

O título deste texto foi extraído da bela canção “Cajuína” composta pelo leonino baiano Caetano Veloso, que comemora 79 anos de vida em 7 de agosto. Figura da maior importância e marcante na história da música brasileira. Dono de personalidade poderosa e renovadora (Plutão também em Leão) no campo artístico e cultural, que consegue transmitir toda a sua emoção em poesia e discursos muito articulados e racionais (Lua em Gêmeos) e um guerreiro e sinalizador de tendências (Ascendente em Áries). Salve Caetano!! Assista esta versão de “Cajuína”, com Caetano Veloso e sua banda, destacando o belo solo de Jaques Morelenbaum no violoncelo e sentirmos que “apenas a matéria vida era tão fina”.

Outro leonino (com Sol, Mercúrio e Áries em Leão) a ser comemorado duplamente é o paulista Emicida. No dia 17 de agosto completa 36 anos e recentemente foi convidado, como professor, para ministrar uma residência artística de 3 meses (julho a outubro 2021) no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. O convite foi feito em consideração à sua obra e pelo impacto público de Emicida, destacando o recente documentário “AmarElo – É tudo pra ontem”. Emicida participará de uma agenda intensa e diversificada de eventos, que incluem palestras, intervenções artísticas, rodas de conversa e entrevistas. Ele que acha que a música é um negócio divino e que a música é a voz da alma, a alma que fala “Quem divide o que tem é quem vive pra sempre. E a gente humildemente lembra no refrão assim ó: Quem tem um amigo tem tudo”. Cante com Emicida e o Zeca Pagodinho.

E prosseguindo no mote do Amor e da citação de abertura deste texto, o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler lançou há pouco o clip da música “A Guerrilha da Concórdia, no qual canta com o Coro Gospel Factory e são acompanhados por Mariana Mott na percussão e Juan Pietranera no piano. É com essa canção que eu sugiro a escuta para encerrar este texto.

Amar é ficar cego, o coração dispara, enquanto tudo queima. Ódio é muito mais fácil. O ódio é o guia dos covardes
(“A Guerrilha da Concórdia”, de Jorge Drexler)

Crédito da foto: Yann Arthus-Bertrand

Sair da versão mobile