Ícone do site Titi Vidal

Por que estudar Estrelas Fixas?

A Primeira Referência do Céu

Hoje em dia quando olhamos para o céu à noite, principalmente nas grandes cidades, visualizamos poucas estrelas. Porém, se você mora ou tem a oportunidade de visitar algum local com pouca  ou nenhuma poluição luminosa, é capaz de ver um belíssimo céu estrelado, identificar constelações e talvez até enxergar a via láctea.

Foi esse mesmo firmamento de infinitos astros que guiou os nossos antepassados desde muito antes da Astrologia como hoje conhecemos.

A primeira referência foram as Estrelas Fixas, chamadas assim não por não se moverem, mas porque aparentemente não se movem, mudando 1 grau no céu a cada 72 anos mais ou menos. Ou seja, sempre que olhamos para as estrelas em cada época do ano, elas estão no mesmo lugar.

As estrelas errantes (aquelas que se movem) foram nomeadas de planetas mais tarde.

Em relação aos planetas que estão na eclíptica, as estrelas fixas são objetos celestes muito distantes. Elas são como o plano de fundo do céu. Por exemplo, recentemente o telescópio espacial Hubble detectou a estrela mais distante do universo e ela está a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra.

Primórdios da Humanidade

Nas cavernas do Paleolítico superior, descobertas em 1868, foram encontradas as primeiras representações de estrelas e são hoje patrimônio da humanidade.

Há cerca de 40.000 anos os chamados “homens das cavernas” já possuíam conhecimentos astrológicos e astronômicos. Segundo os cientistas, os seres humanos daquele período acompanhavam o movimento do céu, observando as posições de estrelas e de constelações, para manter o “controle” do tempo.

Ptolomeu e as Estrelas

O Tetrabiblos de Ptolomeu III é um tratado matemático em 4 volumes sobre a influência das estrelas. É um trabalho enciclopédico de vasta importância no qual ele aborda não só os significados das estrelas mas também da Lua e do Sol e suas relações com o clima e os ciclos do meio ambiente. 

Ele relacionou estrelas com a natureza de alguns planetas. Por exemplo, estrelas da cabeça de Áries teriam uma natureza de Marte e de Saturno enquanto as da boca seriam relacionadas ao planeta da comunicação, Mercúrio.

O método astrológico utilizado por ele era o de projeção das constelações na eclíptica, o que consideramos como conjunções.

Atualmente podemos utilizar um método mais recente, baseado na ascensão e culminação das estrelas, chamado de Parans.

Método dos Parans

No ano de 379 d.C. um astrólogo anônimo escreveu um impresso posteriormente nomeado Tratado sobre as estrelas brilhantes fixas. Nele estão identificados como os astros podem determinar temperamentos dos signos zodiacais no momento do nascimento, influenciando a forma de agir de cada um. Esse tratado incluía os dois métodos, o de Ptolomeu e o da elevação e culminância das estrelas.

Nos anos 90, a astróloga Bernadette Brady foi a responsável por desenvolver e disseminar o método de Parans, que consiste na relação visual entre o nascimento, o ponto mais alto no céu e o pôr de cada estrela.

Estrelas Fixas nos Dias Atuais

Como podemos observar, o estudo das estrelas fixas é muito mais antigo do que hoje consideramos como Astrologia, e ainda funciona e faz sentido.

É uma leitura à parte, separada do mapa natal, mas que de alguma forma se conecta a ele por reforçar ou explicar certos comportamentos, sensações e acontecimentos.

Dentro das mais de 60 estrelas fixas consideradas pelo método atual, temos inúmeras configurações possíveis e cada pessoa é única, possuindo a sua própria composição de estrelas no mapa de nascimento. Dessa forma, mesmo pessoas nascidas praticamente no mesmo horário, no mesmo local, terão mapas de estrelas distintos.

Leia também:

Sair da versão mobile