Ícone do site Titi Vidal

Murzim, a pata do cão maior

O anunciador

Os gregos da antiguidade viam a constelação do Cão Maior como um dos cães de caça de Órion, no céu estrelado. 

O cão foi um dos primeiros animais domesticados pelo homem, e era visto como um guardião, tanto na vida como na morte.

Cães na mitologia

Na mitologia grega encontramos Cérbero, o cão que guardava os portões do Hades e que tradicionalmente é ilustrado com 3 cabeças, apesar de Hesíodo ter lhe atribuído muitas mais.

Logo que chegavam ao mundo inferior, as almas tinham que encarar essa fera monstruosa, que bloqueava o seu retorno ao mundo dos vivos. 

Já os egípcios chamavam o seu guardião de Anúbis, o deus da mumificação, responsável pelos ritos funerários e por levar as almas ao encontro do deus Osíris.

Descrito com cabeça de chacal (espécie de canídeo) e o corpo de um ser humano, há vários registros antigos sobre essa figura mitológica.

O cão que avisa

Murzim foi chamada de estrela anunciadora por se ascender no céu um pouco antes de Sirius, a estrela mais brilhante da constelação. Assim que Sirius nasce, Murzim acaba ofuscada por seu brilho.

Dessa forma Murzim incorpora o simbolismo do cão que ladra, anunciando a chegada de alguém importante, avisando dos perigos, fazendo barulho e carregando uma mensagem. Ela avisa que algo relevante está para acontecer.

Murzim no mapa

Quem tem Murzim costuma ter algo a dizer. Costumam ser declarações que mudam alguma coisa, trazem novas ideias para o mundo, com a capacidade de influenciar os outros pela palavra.

Ao mesmo tempo podem ser pessoas tagarelas e fofoqueiras, tendo que cuidar para não se tornarem inoportunas.

É comum nos mapas de pesquisadores e escritores, mas como a estrela no céu, o seu brilho pode ser um tanto efêmero, como o ditado que diz que “cão que ladra não morde”.

Atualmente encontra-se a 7º28’ de Cancer.

Leia também sobre Sirius, a alpha da constelação:

Sair da versão mobile