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Espelho, espelho meu.

Um levantamento recente mostrou que, aos 30 anos em média, a maioria de nós deixa de se interessar por escutar músicas novas, preferindo ouvir apenas algo que já conhecemos.
Entre os motivos, as responsabilidades da vida adulta.
Contas a pagar, trabalho, filhos.
Isso sem contar as inúmeras horas na frente da tela, invejando a vida alheia ou maratonando algo.
Música sempre teve uma importância considerável na minha formação.
Lembro claramente do primeiro disco que comprei.
Das descobertas de músicas e bandas.
Dos videoclipes, dos shows, dos encartes dos discos.
Das longas horas selecionando, gravando e customizando fitas cassete para namoradas e amigos.
Horas, dias, semanas, anos em lojas.
Dinheiros investidos.
Isso tudo muito antes da internet.
Porque música sempre refletiu meu estado de espírito.
O despertador toca um reggae. O dia vai ser tranquilo.
Alguma banda inglesa dos anos 80? Melancolia à vista.
Soul music? Vou acordar a esposa e crianças com beijos.
Ou seria o contrário?
A música influencia meu humor ou meu humor reflete o que escuto?
Tipo comercial antigo de Tostines: vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?
Infelizmente, para essa pergunta ainda não tenho resposta.
Para mim, o importante é prestar atenção nos reflexos.
Tudo o que está a nossa volta, tem o poder de nos influenciar.
O que escutamos.
O que assistimos.
Onde vamos.
Com quem andamos.
Assim como todos a nossa volta são influenciados por nós.
Eu afasto ou aproximo?
Tenho só uma certeza.
Quanto mais conhecer, melhor vai ser minha playlist de emoções e sensações.
E talvez eu seja um pouco mais interessante.
No Spotify da vida, você é mais discover ou mais repeat?
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