“Se a mente não estiver aberta às ambivalências e complexidades do ser humano, da sociedade, da história, da economia, da técnica, ela nunca poderá entender o essencial”
(Edgar Morin)
O ano de 2020 tem convulsionado o mundo e a vida de cada um de nós. A pandemia do Covid-19 faz com que nos confrontemos com o medo do invisível, do desconhecido. Temos que nos recolher, lidar com perdas, nos reinventar, praticar o desapego, abrir o coração e a mente para entender o que nos é essencial. Está sendo um necessário e importante aprendizado neste momento.
A atual eleição nos Estados Unidos e a próxima eleição para escolha do futuro governante e vereadores de nossa cidade têm mostrado a importância de nos posicionarmos frente aos problemas atuais, ao que esperamos e queremos daqui para frente. Por isso, é que gostei da nova versão da música “Comida”, na incrível voz de Elza Soares junto aos Titãs, na qual a estrofe “A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte… A gente quer saída para qualquer parte” se mostra ainda muito forte e atual – https://www.youtube.com/watch?v=zHnh5T1DZPs
Temos expectativas de tempos melhores para humanidade e almejamos por algo bom que chegue em nossas vidas. “No cais do meu peito, eu espero a chegada desse barco atracar” é dito na bela canção “Via Láctea” nas vozes de Céu & Liniker, que criaram em parceria com Anelis Assumpção – https://www.youtube.com/watch?v=M61SYsw5vJ0
O fluxo e refluxo das marés simbolizam e nos ensinam a importância da flexibilidade. Movimentos de avançar e de se recolher – mansidão e convulsão. “Eu danço a dança das tuas marés” é a primeira frase da canção “Bom mesmo é estar debaixo d’água”, que Luedji Luna compôs (em parceria com François Muleka), canta e dá o nome ao seu mais recente álbum – https://www.youtube.com/watch?v=BCQnOftvLXM
Amor é um tema presente em meus textos na Rede Bellatrix, como em “E a palavra Amor, cadê?” – https://old.titividal.com.br/e-a-palavra-amor-cade/ – publicado em agosto de 2019, e “O Amor precisa existir” – https://old.titividal.com.br/o-amor-precisa-existir/ – publicado em maio de 2020. Aqui vai mais uma sugestão de música com essa temática na interpretação de Hiran, que compôs com Tom Veloso, a sensual “Gosto de quero mais” – https://www.youtube.com/watch?v=AwE6VzyUTl0&list=PLulFk_M_1ylWmzH_D8b5OgV5q_KKF-wjg
Fraternidade é uma demonstração de amor solidário, de respeito e acolhimento para com o outro. Bonitos gestos de solidariedade foram dados pelo mundo aos profissionais da saúde, que estiveram à frente desta luta contra o vírus. Uma destas iniciativas foi a reunião virtual de 30 artistas lusófonos para gravar o vídeo “Anjos Secretos”, com música composta por Francis Hime e Jorge Fernando, que diz “Sem rosto, cor ou idade, num servir que é permanente, que a gratidão de verdade é pra quem cuida da gente”. O valor gerado com as visualizações desse vídeo reverte a favor da organização “Médicos sem fronteiras” – https://www.youtube.com/watch?v=MOJhKf_dogE&feature=youtu.be
A conexão com a Natureza, tão massacrada em nosso país, com nossas raízes e espiritualidade, é vital para a saúde da humanidade e do planeta. Estes temas sempre estão presentes no trabalho de Maria Rita Stumpf, que lançou recentemente o álbum “Inkiri Om”. Uma das faixas é “Aavoth”, canto tradicional que ela recriou, e para o qual foi feito um vídeo com lindas imagens da Índia, cuja edição é do cineasta Muthu Ganesh. Neste link – https://www.youtube.com/watch?v=LjlgraQiFeg&feature=youtu.be é possível fazer essa viagem musical.
“Todos somos múltiplos, sendo um só”
(Edgar Morin)