Sabemos que os chamados planetas lentos, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, trazem as maiores e mais importantes mudanças da nossa vida. Quando vivemos um desses trânsitos, costumamos enfrentar desafios, dificuldades, tensões e mudanças profundas. Em alguma área ou em algum assunto, muita coisa vai acontecer. Sabemos que estamos o tempo todo vivemos isso em algum nível no nosso mapa e na nossa vida. Isso porque como temos todos os signos no mapa, temos todos os planetas “passeando” pelo zodíaco e pela nossa vida o tempo todo.
Cada um desses planetas está em uma de nossas casas astrológicas sempre. Só que dependendo de diversos fatores, vamos sentir isso de forma mais ou menos intensa. Isso porque cada um deles está em uma das doze casas e assim influenciando determinada área da nossa vida. Mas, sentimos isso mais forte logo que o planeta entra na casa (e às vezes ele fica bastante tempo ali) e quando o planeta em trânsito faz algum aspecto com um dos planetas do nosso mapa natal.
Quando estamos falando de Saturno, sentimos exatamente o que está acontecendo. Em alguma área da nossa vida ele vem nos “fiscalizar”, apontar o dedo, fazer uma auditoria. Vem exigir mais esforço e responsabilidades, vem testar as estruturas e impor limites e desafios, mostrar os medos e pedir mudanças bem estruturadas e planejadas. Tende a deixar tudo mais difícil, mas sabe recompensar pelo esforço.
Quando o trânsito é de Urano, estamos lidando com o imprevisível, com o inesperado, com as mudanças bruscas e urgentes. Em algum assunto ou área da nossa vida, ele tira ou coloca alguma coisa, leva embora ou traz sem avisar e nos obriga a lidar com isso. Muitas vezes, ele deixa um vazio e nos obriga a pensar o que fazer com aquilo. Ele realmente muda nossa vida. Tanto Saturno como Urano nos acordam e nos colocam em contato com a realidade, seja a mais dura, no caso de Saturno, ou mais diferente do nosso mundo anterior, como no caso de Urano.
Já Netuno nos tira da realidade e em geral nem sabemos muito bem o que está acontecendo. Podemos nos apaixonar por alguém ou por alguma coisa irreal, criamos ilusões, e nos desiludimos muito, mas o pior é a sensação de estar pisando na água ou de estar à deriva no mar, que ele geralmente traz. De um jeito ou de outro, ele tende a fazer coisas perderem o sentido e nos obriga a ressignificar a vida, ou pelo menos uma parte dela.
Plutão vem trazer aquilo que não podemos controlar. O mais lento dos planetas rege o incontrolável e o imponderável.
Alias, podemos pensar em Saturno, que gira de duas a três vezes pelo nosso zodíaco como o que nos estrutura, envelhece, dá a noção de tempo e mostra os limites da vida.
Urano, que leva 84 anos para dar uma volta no zodíaco, rege o imprevisível, já que viveremos uma vez só cada um de seus trânsitos.
Já Netuno, que não passará por todas as áreas do nosso mapa, rege o desconhecido e, Plutão, mais lento ainda, o incontrolável. Por onde Plutão passa, ele leva embora o que julga não nos servir mais, provoca transformações profundas, em geral bem difíceis, e faz com que nossa vida, ou parte dela, mude pra sempre.
Seja Saturno, Urano, Netuno ou Plutão, dificilmente podemos evitar as mudanças que eles trazem. Mas podemos viver bem se temos consciência de seus propósitos, se conhecemos bem os recursos do nosso mapa natal e se sabemos o tempo de duração e áreas de atuação deles em cada momento.
E é em mais isso que a Astrologia nos ajuda tanto. Também porque conhecendo a essência de cada um desses planetas e o que eles representam em nosso mapa natal e momento (o que muda de um mapa pro outro) também podemos aprender a vibrar seu lado positivo e oferecer para eles o que esperam de nós, sem que as dificuldades sejam tão grandes e de forma que a gente consiga superar bem cada um dos desafios que nos trazem, porque conhecendo a Astrologia e compreendendo os ciclos da vida, também sabemos que no fim, tudo é aprendizado e as mudanças sempre são pro nosso bem. E que assim seja.