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Boas-vindas

“Canto minha vida com orgulho. 

Na minha vida tudo acontece. 

Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce. A vida me ensinou a nunca desistir.

Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir. 

Podem me tirar tudo que tenho.

Só não podem me tirar as coisas boas que eu já fiz pra quem eu amo.

E eu sou feliz e canto e o universo é uma canção

E eu vou que vou” – Charlie Brown Jr. 

Há alguns anos, em dias de sol ou de inverno interno, esses versos costumam me acompanhar como um amigo que estende a mão e convoca a enfrentar de frente a vida, a abraçar a beleza no improvável, a apreciar o momento que nunca mais se repetirá, a nunca perder a essência sabendo que tudo muda, assim como nós mesmos. Desejo aos queridos leitores e leitoras da iluminada Rede Bellatrix inspirar todes nesta coluna, a nos desafiarmos e compartilharmos os aprendizados. A sermos mais empáticos, vivos, atentos, coletivos. 

Sou jornalista de formação, trabalhei em redações, com comunicação corporativa e marketing dentro e fora do Brasil, sou Mestre em Literatura Brasileira, mas a vida me direcionou nos últimos dez anos a abraçar algumas vocações adormecidas: ativismo em comunidades; empreendedorismo; espiritualidade; mais trabalho voluntário, aulas e mentorias, arte (no meu caso, a escrita) como expressão de cura e para entender o meu e o nosso mundo. Houve, sobretudo, um movimento interno e externo de viver o feminino, na perspectiva daquela mulher que fui, sou e serei, e isto se refletiu na escolha do meu doutorado. Nele, estudo feminismo e pretendo levantar propostas e novas perguntas sobre como incluir, formar e empoderar mulheres na tecnologia. 

Por aqui, pretendo falar um pouco sobre estas coisas: feminismo, sociedade, cultura e arte, cotidiano, talvez traga para cá minhas criações poéticas (andei publicando poemas e contos no Brasil e em Portugal), histórias e estudos de casos, reflexões internas a partir de vivências espirituais.

A vida parece neste momento ter chegado ao auge do caos. Por agora, convoco você a respirar. A parar pelo menos por cinco minutos para prestar atenção em algo que esteja à sua frente. Olhe para aquilo, ou pela sua janela, pois estamos confinados. Respire. Se puder, ouça uma música ou som ambiente que remeta ao sentimento, ou lembrança, mais amorosa. Faça o que estiver ao alcance para ter um mínimo de qualidade de vida: ligue se puder para um amigo ou parente, coma e durma bem, dance virtualmente. Milagres diários acontecem, para viver e sobreviver precisamos observar as coisas sempre por um prisma positivo. Temos vacinas contra covid desenvolvidas em tempo recorde, que ainda não contemplam a quantidade de pessoas no mundo, porém temos vacinas, no plural. Elas chegarão apesar das adversidades. Muitos de nós podemos estar conectados em redes online de solidariedade, ativismo, de lutas por direitos, pela representatividade equânime na sociedade, de aprendizados de coisas que sempre deixamos para um futuro e, agora que precisamos viver a estar em um mesmo ambiente, a vida nos obriga a sair do lugar cômodo em que estávamos. 

Tenho esperança e otimismo, mesmo sendo realista, de que nossos dias de luta tão duros, tristes e difíceis, renderão glórias do que plantamos. Talvez você não tenha se dado conta, mas lá na frente aquele bom dia com máscara, um telefonema, uma aula dada de graça, um consolo, uma atitude de paz vão gerar a revolução do coletivo. Venceremos e nos manteremos vivos na vibração do amor, aplicando conhecimento, ciência e resgatando saberes dos nossos antepassados que os salvaram para nos tornarem melhores do que poderíamos imaginar. 

Convido você, querido leitor/leitora, a cocriar esta coluna. Sugestões, críticas e comentários são e serão sempre bem-vindos. Agradeço à Titi Vidal e à Rede Bellatrix por termos agora um lindo espaço de troca.  

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