Atualmente, onde observamos assustados o retorno de doenças epidêmicas antes controladas, é de grande valor aumentarmos nossos conhecimentos sobre o assunto vacinas. Mesmo sabendo que as epidemias estão associadas a períodos de guerras e catástrofes ambientais, o foco das atenções sempre recai nas ações imediatas que podemos fazer com medicações novas e tecnologia, e esquecendo de ações eficazes como tratar a água, alimentar o povo, cuidar do esgoto, combater o mosquito, etc. Como se sabe, historicamente devemos a Jenner a introdução da vacinação como método profilático em medicina, no ano de 1792. Hahnemann, o descobridor da Homeopatia, na sua obra mestra “ORGANON DA ARTE DE CURAR” em 1810, já fazia menção ao método e afirmava que não se tratava de ISOPATIA mas sim de HOMEOPATIA. No caso da vacinação para a varíola, Jenner usou uma doença semelhante, princípio da Homeopatia (HOMEO – Semelhante; PATHOS – Doença), no caso a vaccínia de evolução benigna para combater a temível varíola muitas vezes mortal. Se o indivíduo pegasse a vaccínia não pegava a varíola. A vacinação Jenneriana pôs um fim a todas as epidemias da varíola de modo tão completo que não se tem mais uma concepção clara do que era a antiga praga da varíola. Hoje na medicina, usamos o nome VACINA em homenagem a Jenner, porém não usamos uma doença semelhante e sim produtos originados do próprio agente morbífico (vírus e bactérias) da mesma doença (ISO – igual; PATHOS – Doença). Estes produtos quando injetados no organismo promovem uma reação imune que pode produzir anticorpos que são uma primeira linha de defesa, mas podem não impedir a doença e podem causar fenômenos de hipersensibilidade imuno-alérgica variados e até mesmo a morte. Estas assim chamadas IMUNIZAÇÕES não erradicam as doenças que volta e meia nos assolam gravemente e podem se tornar epidêmicas. O que gostaríamos de chamar a atenção, como nos ensinou o grande médico homeopata brasileiro Dr. David Castro, é o fato de que as vacinas, sejam isopáticas ou homeopáticas, não são de modo algum baseadas na Lei dos Contrários (ENANTIOPATIA de ENANTIO – contra; e ALOPATIA de ALOS – diferente), o método empregado pela medicina oficial. Assim sendo, talvez sem o saber, porque nunca ou raramente se fala em homeopatia nas faculdades de medicina, estão empregando como medicação profilática ou mesmo curativa, as vacinas. Seria de grande valia para o avanço da profilaxia (PRO – antes; PHILAXIS – proteção, defesa) das doenças estudar profundamente a Lei dos Semelhantes, já enunciada por HIPOCRATES, o pai da medicina, e observar o valor da HOMEOPATIA na prevenção e cura das doenças. Por que ignorar a exatidão da aplicação da lei de similitude em medicina? É preciso reformular os princípios básicos da medicina clásica urgentemente, reciclando os conhecimentos e dando maior dinamismo à terapêutica.
Mas, enquanto estes avanços não ocorrem, como podemos ajudar a saúde? A verdadeira profilaxia das doenças é feita com o assim chamado TRATAMENTO DE FUNDO da Homeopatia, onde livramos o organismo da susceptibilidade às doenças através da cura da alteração crônica da energia vital ou doença crônica homeopática. Já Hahnemann observou que tratando a predisposição a moléstia não se instala, ou seja, limpando o terreno a imunidade ou resistência pode se desenvolver ficando mais difícil adoecer. Como observou o grande Pasteur, o importante não é o micro-organismo e sim o terreno. Para a prevenção, além do melhor medicamento de fundo indicado pela totalidade sintomática, também podemos usar alguns medicamentos preventivamente. Nas epidemias usamos o medicamento que cobre o quadro total da doença, o assim chamado “gênio epidêmico”, ou um nosódio, medicamento preparado com a secreção ou agente do princípio alterador da energia vital. Além dos medicamentos preventivos a Homeopatia possui o tratamento específico para cada caso de doença, mesmo quando se apresenta de forma atípica, e de uso imediato sintomático, mesmo antes de se firmar o diagnóstico. Também agimos como amigos da saúde mantendo boas relações de higiene e alimentação, orientando quanto aos usos e costumes, geografia, cosmologia, vetores, etc; fazendo com que as condições do meio colaborem a favor da cura. O médico visa alcançar uma cura completa, profunda e radical, de forma rápida e por métodos seguros, mantendo o paciente afastado das doenças. Assim, este indivíduo pode se dedicar aos mais altos propósitos da sua existência. Delegar, por exemplo, a proteção contra a gripe somente para a imunização contra o vírus não é inteligente nem eficaz e pode redundar em adoecimento certo. Lembramos aqui o Dr. Albert Sabin, o descobridor da vacina oral contra a poliomielite, que em 1976 argumentava contra os planos do governo americano de vacinar toda a população contra a gripe, advertindo que a vacina antigripal deveria ser estocada e usada apenas se uma epidemia ocorrer, e que numa vacinação em massa as pistolas injetoras possivelmente acabariam por disseminar a gripe ou invés de acabar com a doença.
Para a HOMEOPATIA, do ponto de vista preventivo é possível utilizar o medicamento de fundo, ou o medicamento correspondente ao gênio epidêmico, e ou o nosódio correspondente. O medicamento de fundo aumenta as defesas e desenvolve a imunidade, aumentando a resistência. Nas epidemias predomina um maior número de indivíduos cobertos por um mesmo medicamento (gênio epidêmico) variável a cada epidemia. Os nosódios utilizados podem ser a partir dos mesmos agentes produtores das moléstias infectocontagiosas, que podem ser usados como preventivos e curativos no caso de abranger os sintomas do paciente. Limpar o terreno com o tratamento Homeopático faz com que a imunidade natural floresça e preserva o organismo frente a uma agressão; aumentando sua resistência também por levar o indivíduo a uma vida sã, uma alimentação natural e com atividades diárias ao ar livre. No Brasil, tivemos a imunização homeopática conduzida com êxito pelo Dr. Galvão Nogueira em 1974 na epidemia de meningite em Guaratinguetá, cujo relato foi apresentado em congressos nacionais e internacionais, e lembrar seu apelo para que os órgãos internacionais e nacionais responsáveis pela saúde valorizem a profilaxia com as doses orais de preparações homeopáticas, igualando-as às imunizações efetuadas pelos métodos tradicionais.
Verificamos que na clínica diária as reações adversas ao uso indiscriminado de vacinas desde a primeira infância e que em sua fase alergizante podem provocar síndromes graves e até mesmo a morte, nos faz sugerir a absoluta necessidade de estudar a aplicação do sistema homeopático que tem se demonstrado pela experiência, serem muito benéficos e sem qualquer prejuízo para a saúde mental e física dos adultos e crianças.
Vamos avançando no entendimento
Abraços
Walter Swain Canôas