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As causas das doenças

Quando falamos em saúde ou doença nos referimos a duas condições do organismo situadas em extremos opostos como numa balança que se encontra em equilíbrio na saúde, mas num modo instável de equilíbrio que a qualquer momento pode se romper, e a ruptura deste equilíbrio significa a doença.

Ao falarmos em saúde, ou estado hígido (do grego, hygeia = saúde) ou em estado normal do indivíduo estamos sempre falando de um estado relativo, ou melhor, aparente. Qualquer alteração da normalidade aparente em que vivemos, grave ou benigna é designada doença ou estado mórbido (do latim, morbus = doença), por isso a doença pode aparecer em qualquer época da vida, desde o nascimento até a velhice.

Na saúde o indivíduo está em harmonia consigo mesmo e com o ambiente, o que se traduz pelo aspecto bom e boas manifestações sociais. É um estado subjetivo de disposição ao trabalho físico e intelectual, de prazer em comer, em se relacionar e divertir-se, e dormir e acordar sossegado, retirando o prazer do próprio viver.

Pelo contrário, os estados de desprazer e desassossego, a indiferença pela vida, o choro, um mal aspecto físico e desarmonias nas atitudes e relações, chamam a atenção quando estamos doentes. Por isso existe a arte e ciência da medicina, pois existe o sofrimento (do grego patos = sofrimento ou doença) e cabe ao médico como missão restabelecer a saúde nos doentes.

A arte médica examina o doente e verifica o mal que o aflige e os meios de curar ou aliviar; e ciência médica cataloga e investiga esclarecendo e interpretando a fim de torna-la mais segura e eficiente. Assim, do desejo da mente humana de buscar suas bases e fundamentos, cada racionalidade médica que existe ou existiu criou uma filosofia que a embase.

Como disse o criador da Homeopatia, o Dr. Samuel Hahnemann, nenhuma ciência pode existir sem filosofia sob pena de se tornar um mero ofício manual ou cair a nível de um assunto subsidiário. Isto torna compreensível porque há tantas explicações possíveis para a causa de uma mesma doença, algumas complementares, outras contraditórias, espelhando as várias racionalidades médicas humanas e suas formas de pensar. Entendemos também que todo médico inteligente, primeiramente afastará a causa que ocasiona ou mantém a doença.

Para a medicina homeopática a doença é uma desarmonia dinâmica da energia vital. Portanto a doença tem uma causa fundamental imaterial que existe antes de se pegar qualquer doença. E os agentes mórbidos como vírus e bactérias que são interpretados confusamente pela medicina atual como causa das doenças? Estes são agentes desencadeantes ou mantenedores, quando não são produtos da doença e não sua causa primeira.

O que viria primeiro, então? Primeiro temos um indivíduo sensível que sofre uma alteração do terreno orgânico de caráter imaterial que toma sua totalidade e que depois aflora com sinais e sintomas.

É claro que esta explicação foge do materialismo vigente na nossa visão científica atual e não pode ser facilmente entendida. Aprendemos que o mal vem de fora e perturba nossa perfeição através da doença e estou aqui querendo demonstrar que não somos perfeitos e nosso organismo primeiro sofre a quebra de seu equilíbrio vital para depois sofrer com um agente morbífico qualquer!

Não é preciso tomar um partido e descobrir quem tem a razão, pois cada lado argumenta à partir de uma visão filosófica racional, visão esta parcial, e a medicina precisa de uma integração de visões que favoreça o paciente e não os debatedores. Um conhecimento não invalida o outro, e cada racionalidade pode funcionar bem de acordo com seu nível de atuação na realidade. Porém isto será tema de outro artigo.

Em defesa da Homeopatia resta o fato de que um sistema mais abrangente acaba por englobar o outro, e o contrário é impossível. Assim, aprofundando os conhecimentos dos processos que sustentam a vida e o mundo material chegaremos à física subatômica e ao mundo energético quântico, de caráter imaterial ou espiritual como diria o criador da Homeopatia. No fundo somos todos homeopatas.

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