Você já deve ter ouvido falar: pessoas que sorriem mais tem seus traços faciais mais suaves. O olhar de quem sorri também fica mais expressivo e brilhante. As altas gargalhadas também contribuem na produção de endorfinas e provocam uma sensação de bem estar que além de fazer bem para a pele, melhora o sono e acalma.
Conclusão: Sorrir faz bem à saúde!!!
Do ponto de vista psicológico, temos aqui uma discussão interessante, pois o humor da forma que acontece nos humanos tem algumas peculiaridades. Freud escreveu sobre os chamados Chistes, ou seja, aqueles gracejos espontâneos que, de alguma forma contagiam as pessoas ao redor e disparam sorrisos de todos os lados. Para o pai da Psicanálise, estas manifestações envolvem processos inconscientes subliminares. Geralmente, a história se torna engraçada pois desperta uma espécie de identificação sutil em todos os presentes. Chama a atenção que existe no humor algo agressivo e crítico, uma espécie de saída rebelde e criativa para as nossas dores. Por esta razão, o que torna o assunto divertido está associado diretamente ao contexto cultural. Diferentes culturas tem suas maneiras singulares para achar graça, ou seja, o que é considerado espirituoso em um determinado grupo, pode ser ofensivo em outro.
O humor, portanto, depende da subjetividade presente, assim como da criatividade e “timing” preciso. Afinal, estamos tratando do que é trágico, mas pelo seu lado inverso. Muitos autores comentam suas dificuldades para escrever com humor, pois é desta intersubjetividade que depende o estimulo que torna algo hilário. A ironia e sagacidade estão, portanto, associadas à percepção daquilo que é doloroso, mas transformam-se em uma espécie de álibi que denuncia a verdade, mas provoca este contágio social tão intenso e direto, que acaba por despertar o riso.
Somos insuficientes, pequenos e em alguns momentos até ridículos. O humor usa a lógica do inconsciente e converte de forma inventiva as múltiplas versões sobre a condição humana.
Ganhamos no humor e na arte a oportunidade de nos surpreendermos e nos solidarizarmos com nossas mazelas com mais suavidade. É como se brincássemos com o nosso mal estar…….
Aproveitemos muito este remédio que a psique produz!!
FELIZ 2019!!!