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A Espada de Jorge da Capadócia

Você certamente já deve ter visto uma planta com folhas compridas e suculentas, do tipo rústica. Largas e achatadas com manchas rajadas de cor verde escuro, em formato de espada, distribuídas por canteiros, praças, entradas de casas e estabelecimentos comerciais. Qualquer boteco que se preze tem, nem que seja apenas em um simples copo de água, uma folha demarcando o território e protegendo o local. É o tipo de planta que sempre esteve a nossa volta, desde nossa infância. Caso ainda não tenha notado, basta olhar com um pouco mais cuidado, elas sempre estiveram por lá.

Guerreira por excelência, a Espada de São Jorge, é uma planta de origem africana, uma espécie muito fácil de cultivar, pois sobrevive a diversos tipos de solo e condições atmosféricas. De resistência extrema, é uma das mais populares Herbáceas cultivadas por nós brasileiros. Seu nome científico é Sansevieria Trifasciata, porém ela é mais conhecida como espada de São Jorge ou, dependo da religião, espada de Ogum.

Muito comum nas religiões da Umbanda e do Candomblé, tem como algumas de suas principais funções energéticas, proteger as casas, afastar maus espíritos, cortar feitiços e laços energéticos negativos. É utilizada em bate-folhas de limpeza de ambientes e pessoas e, também, na preparação de alguns banhos para quebra de demandas e proteção espiritual dos médiuns. Além de todo o seu repertório de ajuda energética, ela também auxilia na limpeza do ar do ambiente e produz oxigênio durante a noite.

O santo detentor do nome popular que batiza a espada, São Jorge, nasceu no início do século IV na Capadócia, na época, região do centro da Anatólia, que, atualmente, faz parte da República da Turquia. São Jorge foi um exímio soldado Romano que – por meio de seus méritos pessoais conquistados nos campos de batalha, antes dos 30 anos – se tornou Tribuno Militar e Comes (alta patente do exército romano) fazendo parte da guarda pessoal do imperador Romano Diocleciano, em Nicomédia. Uma das versões sobre sua jornada conta que, após a morte de sua mãe, Jorge, ao receber sua herança, doou todos os bens para os mais pobres e necessitados. Na época, essa atitude acabou chamando a atenção da corte imperial que, até então, desconhecia a sua fé cristã. Vale lembrar que nesse tempo os Romanos cultuavam deuses como Júpiter, Marte, Vênus, entre outros.

Diocleciano, no ano de 303 por meio de um decreto, mandou prender todos os soldados romanos que fossem cristãos e, também, exigiu que as pessoas oferecessem sacrifícios aos deuses cultuados por ele. Jorge, após saber de tal ordem, teria ido ao encontro de seu imperador e perante a corte declarou-se cristão. Como a carreira e a reputação do soldado eram impecáveis, o imperador tentou fazer com que ele renegasse sua religião, oferecendo-lhe ouro e terras, mas isso não adiantou. Mediante as recusas do soldado cristão, Diocleciano mandou torturá-lo até que ele renegasse as suas crenças, mesmo assim Jorge se manteve fiel a sua fé cristã. Não conseguindo dissuadi-lo, o imperador mandou degolá-lo em 23 de abril do mesmo ano. Diversos cidadãos romanos se solidarizaram com a dor do jovem guerreiro, inclusive a mulher do imperador que posteriormente se converteu ao cristianismo. Jorge tornara-se um mártir cristão.
Alguns anos depois, em 313, Constantino, primeiro imperador romano a professar o cristianismo, mandou que fosse erguido um grande oratório aberto aos fiéis de Jorge. Sua intenção era espalhar a devoção a esse soldado. Dezenas de igrejas e conventos foram construídos em sua homenagem em países como Istambul (antiga Constantinopla), Egito, Armênia, Grécia e Itália. Atualmente São Jorge é o santo padroeiro de países como Inglaterra, Lituânia, Geórgia, Sérvia e Portugal.
O simbolismo da espada de um santo cristão de fibras de aço, que representa a força e a coragem, é tão presente no inconsciente coletivo de diversos povos desde o século IV, que a planta em questão acaba por trazer em si um significado e um poder singular.
Cultivar essa magnífica planta é uma forma de se conectar com uma energia de luz que há séculos nos protege no plano físico e espiritual, sustentada pelas ações de um soldado que semeou na terra a caridade, a bravura e a fé.
Salve Jorge!
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Firmeza com vaso de Espadas de São Jorge
– Na fase de Lua cheia ou crescente, monte um vaso de barro com terra fresca e já adubada.
– Plante 7 espadas de São Jorge.
– Coloque ao redor do vaso 7 velas brancas finas para consagrá-lo ao santo.
– Acenda as velas e as consagre a Deus Pai todo-poderoso, a Mãe Terra e a São Jorge os saudando, reverenciando e pedindo que eles abençoem com seus poderes divinos e da natureza esse vaso de espadas de São Jorge e que sejam ativadas suas forças vivas limpadoras e protetoras, defendendo desta forma sua casa de qualquer tipo de energia negativa, olho gordo, inveja e espíritos ruins. Peça, também, que traga para dentro do seu domicílio, paz, prosperidade, amor e saúde. Agradeça ao final dizendo Amém e Muito Obrigado três vezes.
– Coloque esse vaso na entrada da casa, de preferência do lado esquerdo de quem entra.
– Regue de 2x a 3x por semana com pouca água. E sempre que possível a elogie e a agradeça pelo trabalho de proteção.

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